terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Nova sincronização de fotos mobile do Facebook gera polêmica de privacidade

Quando anunciou o compartilhamento automático de fotos de smartphones para a rede social, o Facebook não sabia que estava dando início a (mais) uma enorme polêmica relacionada à privacidade de seus usuários. Há especialistas reclamando do fato de a página poder se apropriar das imagens enviadas mesmo que elas não tenham sido marcadas como “públicas” pelos donos dos perfis.


Facebook Photo Sync para iOS copia o Instant Upload do Google+ (Foto: Reprodução)Facebook "Photo Sync" para iOS copia o "Instant Upload" do Google+ (Foto: Reprodução)
Quando uma pessoa ativa o compartilhamento de fotos para o Facebook de seu celular, ela automaticamente autoriza que a rede social tenha acesso às imagens, mesmo que elas não sejam compartilhadas no feed de notícias. Assim, Mark Zuckerberg e companhia podem encontrar estes arquivos pela busca com metadata, descobrir as localizações das fotos e usar a tecnologia de reconhecimento facial para saber quem estava aparecendo nas imagens.
“A privacidade realmente não parece ser uma das preocupações do Facebook quando eles criam um aplicativo que permite este tipo de upload e deixa ele ser mais fácil, quando na verdade deveria ser mais difícil”, reclamou Emma Carr, diretora do grupo Big Brother Watch, que luta pela liberdade dos direitos civis, em entrevista ao jornal Daily Mail.

Lançado na última sexta, o "Photo Sync" do Facebook permite que um usuário envie todas as fotos que vai tirando do seu celular direto para um álbum privado na rede social. Posteriormente, ele pode escolher se compartilha as fotografias com seus amigos ou se as deixa guardadas, como um backup, só para ele próprio. Mas independente de optar por tornar as imagens públicas ou não, o usuário já está colocando todas elas na Internet e disponibilizando-as, pelo menos, para o próprio Facebook.
“Este é mais um exemplo onde o lucro vem antes da privacidade. Se a companhia se importa com a privacidade do consumidor, garante que eles sabem que todas as suas informações estão sendo armazenadas e para quais propósitos. As que não ligam fazem como o Facebook”, concluiu a senhorita Carr.

Nenhum comentário:

Postar um comentário