RoboCup 2012
Parece que 2012 foi o ano dos Juniors para o Brasil na RoboCup, principal competição mundial de robótica. A edição deste ano ocorreu no México em junho.
Cinco alunos do Colégio Mackenzie de Brasília levaram o prêmio SuperTeam na categoria Resgate. Os doze melhores times do mundo são classificados para a competição, depois eles se organizam em duplas. Os brasileiros fizeram par com a equipe alemã e o robô criado foi o único a pontuar na prova. “Somos o país do presente. Mostramos o potencial do Brasil na categoria” afirma a professora responsável Lucilene Campanholo, orgulhosa com a conquista.
Joaquim Silveira ,14 anos, participou da equipe que desenvolveu o Avenger (Foto: Arquivo Pessoal)
Para participar do torneio, a equipe, chamada de Andrômeda Fênix,
desenvolveu o protótipo Avenger para identificar e resgatar vítimas em
locais de difícil acesso atingidos por desastres naturais.Outra turminha brasileira que teve sucesso na competição foi a Café-com-Byte-Júnior, mas no desafio de dança. O time formado por alunos de 12 e 13 anos da escola Afonso Pena Júnior, de São Tiago, Minas Gerais, levou os prêmios de melhor programação e foi vitorioso no SuperTeam, junto com grupos da Alemanha e da China.
RoboGames 2012
Na competição RoboGames 2012, realizada em abril nos Estados Unidos, o Brasil conquistou 6 medalhas de ouro, 1 de prata e 3 de bronze e ocupou a quinta posição do pódio. Dezesseis países participaram do torneio com 238 equipes inscritas. Neste evento, robôs duelam em diversas categorias.
Orion, desenvolvido pela equipe Triton Robos, foi o vencedor do desafio Combate entre os aparelhos com peso de até 55 kg. Flavio Hendrikx, um dos idealizadores do projeto, comemora a vitória: “Eu particularmente acompanho este tipo de competição desde 1998 e ganhar o maior evento do gênero é uma emoção que não tem como descrever”.
Orion danifica adversários e desabilita suas armas
(Foto: Arquivo Pessoal)
O robô estilo Wedge, ou rampa, tem como estratégia entrar embaixo dos
adversários e os empurrar contra a arena. “Sua construção é feita com os
materiais mais resistentes possíveis, como alumínio aeronáutico, aços
com ligas especiais e titânio”, explica Flavio.(Foto: Arquivo Pessoal)
Outros robôs também garantiram o topo do pódio para o Brasil em outras categorias. O Carrapato levou a melhor no desafio Combate entre as máquinas autônomas com peso de menos de 1,5 kg. Já no desafio de Sumô, o Brasil se destacou com a Joaninha, autônoma com 25 gramas e o Zarolho, com 3 kgs. O Uai!rrior Hockey foi o ganhador nos jogos de Hockey. O Invictus foi o robô BEAM vencedor entre os que usam energia solar.
Robotics Trends 2012
Robô da equipe Droid quer deixar as praias limpas
(Foto: Reprodução/Droid-UNB)
A Robotics Trends ocorreu em outubro, em Fortaleza, com seis grandes
eventos com o intuito de promover debates e exposições de robótica: o IX
Latin American Robotic Symposium, o I Simpósio Brasileiro de Robótica, a
XI Latin American Robotic Competition, a X Competição Brasileira de
Robótica, a Mostra Nacional de Robótica e a V Olimpíada Brasileira de
Robótica.(Foto: Reprodução/Droid-UNB)
A Divisão de Robótica Inteligente da Universidade de Brasilia foi campeã Latino-Americana de Robótica na categoria IEEE Open. O desafio foi criar um robô voltado para a sustentabilidade. A equipe, então, construiu o Droid 1, capaz de limpar as areias da praia. O aparelho detecta latinhas, recolhe o lixo e coloca em sua caçamba.
Robô venceu partidas de futebol (Foto: Divulgação)
Os robôs brasileiros também não fizeram feio nos campeonatos de
futebol. A Equipe de Desenvolvimento em Robótica Móvel do curso de
Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Uberlândia levou o ouro
na categoria RoboCup Humanoide. O desafio foi vencer uma partida com um
time formado por três robôs autônomos.Outro simpático humanoide que fez sucesso na feira foi o Tigrão, desenvolvido e aprimorado desde 2006 por alunos do curso técnico da PUC do Paraná. Com pouco menos de um metro de altura, o aparelho foi criado para interagir com crianças em hospitais.
O robô fala, pisca, mexe os braços e manda beijos para a plateia. Confira uma apresentação do robô feita por um dos idealizadores do projeto, o professor Marcelo Gaiotto, na Feira de Cursos e Profissões da universidade:
Os robôs made in Brasil vieram para ficar. Resta aguardar as surpresas desses pesquisadores e estudantes criativos para 2013.
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