Estimativas apontam que dirigir e usar o celular simultaneamente
aumentam em 400% a chance de acidentes. Mesmo assim, em uma pesquisa
realizada no Rio de Janeiro e em São Paulo, 84% dos motoristas admitiram
que praticam a infração. O estudo, encomendado pela Sociedade
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, também apontou que 48% dos
entrevistados já passou por alguma situação perigosa no trânsito devido à
distração, ocasionada em 23% dos casos pelo celular.
Os dados oficiais sobre o assunto ainda são poucos no Brasil, mas o que já foi mapeado revela o tamanho do problema: anualmente cerca de 35 mil pessoas morrem no país. O número real é ainda maior, já que essa estatística não considera os óbitos ocorridos após o acidente, nos hospitais ou em casa, por exemplo. Pensando nisso, o Ministério das Cidades desenvolveu o Mãos ao volante, um aplicativo para Android que bloqueia as chamadas para o motorista quando ele está dirigindo.
Os números não deixam dúvidas sobre o perigo de fazer usar aparelhos
móveis ao volante, quer seja fazendo ligações, enviando SMS ou acessando
redes sociais. Mas se nem essas informações – ou a multa de R$ 85,13 e a
punição de quatro pontos na carteira de habilitação – forem
convincentes, talvez esses cinco acidentes provocados por causa do
celular ajudem a desenhar os contornos dessa verdadeira tragédia.
5. A americana Taylor Sauer, 18 anos, morreu em janeiro deste ano enquanto dirigia e conversava com um amigo no Facebook, usando o celular. Ela dirigia a 130Km/h quando bateu na traseira de um caminhão, na rodovia interestadual que liga Utah e Idaho, nos Estados Unidos. Numa infeliz coincidência, minutos antes do acidente, ela escreveu para o amigo: “Não posso discutir isto agora. Dirigir e falar no Facebook não é seguro! Haha.”
Mike, seu interlocutor, afirmou que não sabia que ela estava ao volante até receber a última mensagem. “Sinto como se fosse minha culpa”, disse. A investigação da polícia local mostrou que a jovem postava mensagens na rede social a cada 90 segundos. O caso veio a publico por esforço dos pais, que lutam para que o estado de Idaho, que não tem leis específicas sobre o uso de eletrônicos em automóveis, elabore uma lei que proíba tal atitude.
Quando recebeu o texto, Mathieu enviou um SMS contando sobre uma reunião e marcando com a namorada para se falarem à noite. Depois de alguns torpedos sem resposta, ele escreveu “BB (apelido que dava à Emy) Estou um pouco preocupado aqui”. Ao saber da tragédia, ele postou no Facebook a troca de mensagens dos dois, pedindo às pessoas mais atenção no trânsito. “A ironia da última mensagem ainda quebra o meu coração em pedaços”, escreveu. O acidente aconteceu em janeiro deste ano, em Quebec, Canadá.
O caso aconteceu em fevereiro, em Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo. O condutor avançou em alta velocidade um cruzamento que estava com sinal amarelo, passando por cima do Mitsubishi ASX, que mesmo equipada com seis air-bags não conseguiu evitar o desfecho fatal. O semáforo em questão estava quebrado, fato que responsabiliza também a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), encarregada de fiscalizar a sinalização na capital paulista.
Em depoimento, porém, Jonas admitiu que sabia do problema do aparelho, uma vez que já havia feito o trajeto naquele dia. Além disso, a polícia suspeita que o tacógrafo do ônibus tenha sido violado após o acidente. Isso porque o medidor registrava 47Km/h, velocidade que não seria suficiente para causar aquele tipo de colisão. O motorista foi preso em flagrante e acusado de homicídio doloso, quando há intenção de matar ou quando o autor assume esse risco.
Entre elas estava Jéssica Carvalho Brisola, de 20 anos. A vitima, que
foi retirada de baixo das ferragens em estado grave, chegou a ser
atendida no Hospital Regional de Sorocaba (SP), mas não resistiu e
morreu. Os outros dois passageiros do carro também foram levados ao
hospital. Outras nove pessoas que estava na van sofreram ferimentos
leves.
Os dados oficiais sobre o assunto ainda são poucos no Brasil, mas o que já foi mapeado revela o tamanho do problema: anualmente cerca de 35 mil pessoas morrem no país. O número real é ainda maior, já que essa estatística não considera os óbitos ocorridos após o acidente, nos hospitais ou em casa, por exemplo. Pensando nisso, o Ministério das Cidades desenvolveu o Mãos ao volante, um aplicativo para Android que bloqueia as chamadas para o motorista quando ele está dirigindo.
5. A americana Taylor Sauer, 18 anos, morreu em janeiro deste ano enquanto dirigia e conversava com um amigo no Facebook, usando o celular. Ela dirigia a 130Km/h quando bateu na traseira de um caminhão, na rodovia interestadual que liga Utah e Idaho, nos Estados Unidos. Numa infeliz coincidência, minutos antes do acidente, ela escreveu para o amigo: “Não posso discutir isto agora. Dirigir e falar no Facebook não é seguro! Haha.”
Mike, seu interlocutor, afirmou que não sabia que ela estava ao volante até receber a última mensagem. “Sinto como se fosse minha culpa”, disse. A investigação da polícia local mostrou que a jovem postava mensagens na rede social a cada 90 segundos. O caso veio a publico por esforço dos pais, que lutam para que o estado de Idaho, que não tem leis específicas sobre o uso de eletrônicos em automóveis, elabore uma lei que proíba tal atitude.
Taylor Sauer, 18, morta em acidente enquanto dirigia e conversava via Facebook (Foto: Divulgação)
4. No último dia 16, outro jovem de 18 anos se
envolveu em um acidente por causa do celular. Desta vez, o condutor do
veículo, Daniel Ferreira dos Santos, saiu ileso. O carro capotou na
PR-513, que liga Ponta Grossa ao Distrito de Itaiacoca, Paraná, logo
após ele ter perdido o controle da direção por tentar pegar o aparelho,
que havia caído no chão. “Tentei voltar para a estrada, mas não
consegui”, contou Daniel, que não possui carteira.
Carro de Daniel parou na lateral da pista, com as rodas para cima (Foto: Reprodução/Jornal da Manhã)
3. A canadense Emy Brochu, 20 anos, trocava mensagens
com o namorado quando o carro que dirigia bateu na traseira de um
trator, levando a jovem à morte. No último SMS que enviou ao
companheiro, Mathieu Fortin, a jovem declarava: “Eu te amo e vou tentar
fazer tudo que puder para deixá-lo feliz, sr. Fort.”Quando recebeu o texto, Mathieu enviou um SMS contando sobre uma reunião e marcando com a namorada para se falarem à noite. Depois de alguns torpedos sem resposta, ele escreveu “BB (apelido que dava à Emy) Estou um pouco preocupado aqui”. Ao saber da tragédia, ele postou no Facebook a troca de mensagens dos dois, pedindo às pessoas mais atenção no trânsito. “A ironia da última mensagem ainda quebra o meu coração em pedaços”, escreveu. O acidente aconteceu em janeiro deste ano, em Quebec, Canadá.
Emy Brochu acompanhada do namorado, Mathieu Fortin (Foto: Reprodução/Daily Mail)
2. Nem sempre a vítima no trânsito é o infrator. O
motorista de ônibus Jonas Santana da Silva, de 26 anos, dirigia acima da
velocidade permitida e ainda falava ao celular quando provocou o
acidente envolvendo o carro do empresário Alfred Schorno, de 67 anos.
Ele e a funcionária Anna Camilla Nyarady, que estava no carona, morreram
na hora, e dois passageiros ficaram levemente feridos.O caso aconteceu em fevereiro, em Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo. O condutor avançou em alta velocidade um cruzamento que estava com sinal amarelo, passando por cima do Mitsubishi ASX, que mesmo equipada com seis air-bags não conseguiu evitar o desfecho fatal. O semáforo em questão estava quebrado, fato que responsabiliza também a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), encarregada de fiscalizar a sinalização na capital paulista.
Em depoimento, porém, Jonas admitiu que sabia do problema do aparelho, uma vez que já havia feito o trajeto naquele dia. Além disso, a polícia suspeita que o tacógrafo do ônibus tenha sido violado após o acidente. Isso porque o medidor registrava 47Km/h, velocidade que não seria suficiente para causar aquele tipo de colisão. O motorista foi preso em flagrante e acusado de homicídio doloso, quando há intenção de matar ou quando o autor assume esse risco.
Motorista falava ao celular e dirigia em alta velocidade (Foto: Reprodução/Oslaim Brito/Futura Press)
1. Em julho, a história se repetiu na rodovia Raposo
Tavares, em Capela do Alto, região de Sorocaba (SP). O motorista de uma
van falava ao celular quando o aparelho caiu e enroscou no acelerador.
Com o incidente, ele se distraiu e invadiu a pista contrária, batendo de
frente com um carro que transportava três pessoas.
Motorista que ocasionou acidente se distraiu com queda do celular (Foto: Reprodução/TV TEM)
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