Engenheiros britânicos criaram um motor para aeronaves que é
classificado como a maior inovação em termos de propulsão aeronáutica
desde a introdução das turbinas a jato nos anos 1950. O novo motor,
desenvolvido pela Reaction Engines e conhecido como Sabre, refrigera ar
de 1000 °C para – 150 °C em apenas um centésimo de segundo.
Motor poderia atingir velocidades altíssimas e levar aeronaves para a órbita terrestre (Foto: Reprodução)
O Sabre funciona com uma rede de tubos, que envolve diversas partes do
motor da aeronave. No interior desses tubos, hélio condensado circula
para refrigerar todo o conjunto. De resto, o motor da Reaction funciona
como os jatos comuns na hora da decolagem, sugando oxigênio para gerar
empuxo. Em altitudes maiores, onde o ar é rarefeito, o motor passa a
queimar combustível e funciona como um foguete.
A solução criada pela Reaction Engines poderá ser aplicada nos projetos
de turbinas atuais, permitindo que elas tenham uma capacidade de
refrigeração muito maior. Hoje, o grande limitador em termos de
velocidade de um avião a jato é o superaquecimento da turbina a partir
de determinada faixa de velocidade. Com a tecnolgia Sabre, uma aeronave
poderia atingir a velocidade de aproximadamente 3200 km/h, valor em que
um motor comum derreteria. Nessa velocidade seria possível, por exemplo,
chegar da Inglaterra à Austrália em apenas quatro horas.
Outra vantagem do motor é a possibilidade de ultrapassar o limite da
atmosfera terrestre e levar a aeronave para a órbita do planeta. A
expectativa da Reaction é vender a tecnologia Sabre para que ela seja
aplicada em aviões de carreira.
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