
Para solucionar este problema, os pesquisadores incluíram pequenos aquecedores no chip, que são responsáveis por aquecer as células de memória próximas até 800°, restaurando-as para um bom estado. O chip precisou ser redesenhado para poder incluir as modificações, mas a vantagem é que o processo não precisa ser feito com freqüência.
O aquecimento consome uma quantidade substantiva de energia, mas ocorre em uma célula por vez, quando a memória está conectada em uma fonte de energia e o dispositivo está ocioso. “Desta forma, não há o perigo de um celular ficar sem bateria”, explica um dos integrantes do projeto, Hang‑Ting Lue.
O processo também trouxe outros benefícios: aquecidas, as células de armazenamento começaram a ser apagadas com maior velocidade, um processo que antes era entendido como independente do calor. A longo prazo, segundo Lue, isto pode evoluir em um modo de operação auxiliado por calor que permite que as memórias Flash tenham performance e resistência melhorados.
O limite de 100 milhões de ciclos também é uma estimativa. Testar estes marcos demoraria muitos meses, explica Lue, acrescentando que quaisquer indícios de falha ainda não foram detectados.
Apesar do avanço, a Macronix não espera lançar uma versão comercial de sua memória Flash no mercado tão cedo. O time de pesquisadores publicou o estudo na revista IEEE Spectrum e vão apresentar os resultados na International Electron Devices Meeting, que ocorre entre os dias 11 e 12 de dezembro, em São Francisco, nos Estados Unidos.
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