terça-feira, 10 de julho de 2012

Pernas robóticas ganham gingado humano com rede neural



Pernas robóticas ganham gingado humano com rede neural
Os pesquisadores criaram uma simplificação do gerador central de padrões, chamada meio-centro, formada por apenas dois neurônios, que disparam alternadamente, produzindo um ritmo. [Imagem: Klein et al./JNE]
Andar robótico
Robôs bípedes têm as pernas duras - em mais de um sentido.
Na verdade, eles têm um "andar duro" - os melhores desempenhos são ainda menos elegantes do que o já muito desajeitado C3PO, de Guerra nas Estrelas.
Agora, contudo, pesquisadores afirmam ter construído o primeiro conjunto de pernas robóticas capazes de andar de uma forma "mais biologicamente precisa".
Em outras palavras, um andar que imita um pouco melhor a marcha humano, com seu balanço característico, que nos parece tão natural.
Gerador central de padrões
Para caminhar, nós contamos com um GCP, um "gerador central de padrões". O GCP é uma rede neural localizada na região inferior da medula espinhal, que gera sinalizações rítmicas enviadas para os músculos.
O GCP produz e controla esses sinais processando informações recebidas das diversas partes do corpo que interagem com o ambiente. É por isso que conseguimos andar sem precisarmos pensar nisso.
Os pesquisadores criaram uma simplificação do gerador central de padrões, chamada meio-centro, formada por apenas dois neurônios, que disparam alternadamente, produzindo um ritmo.
Além do meio-centro artificial, o robô foi dotado de sensores para fornecer-lhe feedback, incluindo sensores de carga que detectam a força exercida quando cada perna é pressionada sobre o chão.
Robôs ajudando humanos
"Curiosamente, fomos capazes de produzir uma marcha a pé, sem equilíbrio, que imita o modo de andar humano, com um simples meio-centro controlando os quadris e um conjunto de respostas reflexas controlando o membro inferior," conta Theresa Klein, da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
É claro que a Dra. Klein está interessada em robôs. Mas ela acredita também que sua rede neural simplificada pode ajudar a estudar o andar humano, sobretudo como os bebês aprendem a andar.
A técnica também poderá ajudar no desenvolvimento de novas terapias para auxiliar pacientes com lesão na medula espinhal.

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