sexta-feira, 27 de julho de 2012

Disco rígido de safira pode durar 10 milhões de anos

Uma equipe multidisciplinar de cientistas propõe um disco rígido de safira como forma definitiva de armazenamento de informações. A ideia no projeto não é necessariamente criar uma nova tecnologia de HDs feitos com safira, mas sim, criar um dispositivo capaz de guardar informações importantes sobre quem somos para o futuro da humanidade e do planeta.
Safira serve de proteção contra danos às informações salvas no disco (Foto: Reprodução)Safira serve de proteção contra danos às informações salvas no disco (Foto: Reprodução)
O projeto apresentou a solução para esse problema na forma de dois discos de 20 cm de diâmetro, feitos de safira. Os discos protegem uma fina camada de platina, que é o substrato onde a informação que se deseja preservar estará inscrita em diversas formas, da linguagem escrita a desenhos. Como a ideia é guardar para o futuro distante, antropólogos e linguistas envolvidos no projeto apostam na grande possibilidade de que nossos descendentes sequer usem nossos idiomas atuais.

Segundo os cientistas, cada face dos discos pode guardar o equivalente a 40 mil páginas miniaturizadas. Não é muito em termos de armazenamento de dados de um HD comum, que pode guardar não milhares, mas milhões e até bilhões de páginas de texto. A diferença é que o nosso HD dificilmente completa duas décadas sem problemas e basta um impacto ou pulso magnético para que todas essas informações tornem-se inacessíveis.

Outro detalhe interessante no disco de safira é a ideia de que, no futuro, computadores podem, simplesmente, não existir. É por isso que o dispositivo não é pensado como um equipamento eletrônico, mas como um arquivo de informações. O conteúdo salvo neste arquivo poderá ser acessado com um microscópio simples.
A ideia do projeto não é só guardar dados referentes a nossa cultura e sobre a essência da nossa civilização. Nos discos, informações importantes como a localização exata de depósitos de lixo nuclear, por exemplo, podem ser muito úteis para futuras gerações de arqueólogos não correrem o risco de escavarem alguns desses depósitos por engano.

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