Existem dois tipos de autofoco: o ativo e o passivo. Geralmente, o autofoco ativo é mais usado em câmeras compactas, enquanto o autofoco passivo é mais comum naquelas mais profissionais, com lente cambiável.

focalizar em primeiro plano, mesmo com grande
contraste de fundo (Foto: Lucas Conrado)
Estes sistemas são bons em situações com pouca luz. Mesmo que o ambiente esteja escuro, como ela se guia por ultrassom ou infravermelho, não faz diferença. Além disso, é eficiente na focalização de objetos em primeiro plano quando há um cenário com grande contraste.
Mas esse sistema tem limitações. Se você quiser fotografar através de uma janela, o autofoco guiado por ultrassom não focalizará o objeto desejado, uma vez que o eco virá da janela. Já as câmeras que se utilizam de infravermelho podem sofrer interferência da chama de uma vela, que emite muita luz nessa frequência. Além disso, objetos pretos podem absorver a luz infravermelha, atrapalhando a interpretação do sensor.
O sensor infravermelho costuma ficar perto da lente. Então, para focalizar o objeto, é preciso colocá-lo no meio do quadro e apertar o disparador até a metade. Quando a câmera sinalizar que focalizou o objeto, através de um apito ou um sinal na tela, você pode colocá-lo em qualquer lado do quadro, sem soltar o disparador. Depois é pressionar até o final para fazer sua foto.
O autofoco passivo é mais comum em câmeras profissionais, de lentes cambiáveis. Normalmente, esse sistema de focalização não emite nenhum tipo de energia, como infravermelho ou ultrassom. Ele analisa a luz que entra no sensor da câmera, procurando o maior contraste possível entre dois pixels próximos. Quando encontra esse contraste, interpreta que a imagem está focalizada. Complicado? Nem tanto.



da Nikon D90 (Foto: Reprodução)
Há ainda um outro modo de autofoco passivo chamado Phase Detection. No espelho que reflete a luz para o visor de algumas câmeras, há uma área semitransparente, onde parte dessa luz é direcionada para o sensor de autofoco. Microlentes captam raios de luz que vêm de pontos opostos da lente da câmera, criando duas imagens. O sensor compara a intensidade de luz dessas duas imagens. Se estiverem diferentes, significa que o objeto não está no foco. Assim, ajusta a lente até conseguir padrões semelhantes e focalizar a imagem.

O autofoco passivo tem a vantagem de poder focalizar imagens a qualquer distância (o autofoco ativo só focaliza até onde seu sinal alcança), inclusive através de janelas, mas tem algumas limitações. A primeira, e mais óbvia, é a necessidade de muita luz para poder fazer o foco. Se for em um ambiente escuro e sua câmera não tiver a lanterna auxiliar de autofoco, a imagem só poderá ser ajustada manualmente. Além disso, o objeto que você quer focalizar não deve ter cores muito uniformes, ou a câmera não terá variação de cor para comparar.
Outro problema do foco passivo é o seguinte: você quer focalizar um pássaro numa árvore, por exemplo. Mas o fundo e os outros elementos da cena têm muito contraste de pixels. Isso pode confundir a câmera, causando um foco em um elemento que não é o que você deseja. Para isso, existem duas soluções.
A primeira é você aumentar o zoom de sua lente até aproximar-se do objeto a ser fotografado. Pressione levemente o disparador da câmera até ela fazer o foco. Sem soltar o disparador, volte ao zoom desejado e faça sua foto. Se a sua lente não tem um zoom muito poderoso, o melhor é desligar o autofoco e fazer a focalização por conta própria.
Há ainda um sistema híbrido, lançado pela Fujifilm e utilizado pelas séries Finepix, da Fujifilm, Nikon N1, pela fabricante Ricoh e pelo modelo Canon EOS 650D. Ele combina a medição do contraste de pixels com Phase Detection, aumentando a velocidade de focalização nessas câmeras.
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