quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Twitter poderá dizer quando você vai ficar doente, afirma estudo

Um pesquisador americano acredita que o Twitter pode ter um uso muito mais sério do que meramente se comunicar com amigos ou interagir com celebridades: rastrear doenças. Em 2012, Adam Sadilek e sua equipe da Universidade de Rochester, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, analisaram 4,4 milhões de tuítes de mais de 600.000 usuários da cidade durante um mês. Com isso, eles foram capazes de acompanhar como a gripe se espalhou, usando um “mapa de calor” de usuários que se queixavam de estarem doentes.
O mapa mostra a gripe se espalhando por Nova York. As áreas em vermelho são as mais afetadas (Reprodução: Dailymail)O mapa mostra a gripe se espalhando por Nova York. As áreas em vermelho são as mais afetadas (Foto: Reprodução)
O modelo foi construído capacitando o computador para ignorar tuítes de pessoas saudáveis, assim como aquelas que diziam estar “doente” por determinada música, por exemplo. Assim, a inteligência artificial detecta somente quem realmente está gripado. "Nossos modelos permitem que você veja a propagação de doenças infecciosas, como gripe, ao longo de uma população real observada através da mídia social online”, afirmou Sadilek.

O pesquisador afirmou ainda que a chave para seu sistema são as amizades. “Dado que três dos seus amigos têm sintomas de gripe, e que recentemente você tenha se reunido com oito pessoas, possivelmente estranhos que se queixavam de ter coriza e dores de cabeça, qual é a probabilidade de que em breve você também fique doente?".
Os tuítes foram organizados em um mapa, usado para prever quando um usuário em particular era de alto risco de adoecimento. “Uma vez que uma grande fração dos posts têm tags geográficos, podemos traçá-los em um mapa e observar como as pessoas doentes e saudáveis ​​interagem. Quanto mais vermelha é uma área, mais as pessoas são atingidas pela gripe no local. Mostramos emergentes padrões globais em tempo real”, explicou o pesquisador.
Os resultados inéditos foram descritos na revista New Scientist. Durante toda a pesquisa, o algoritmo conseguiu acertar em 90% dos casos e com cerca de oito dias de antecedência, segundo a equipe.
Durante uma entrevista na Conferência sobre Inteligência Artificial, em Toronto, no Canadá, o grupo responsável pelo estudo também revelou que as pessoas que fazem exercício regularmente têm uma probabilidade menor de ficarem doentes. Por outros lado, pessoas com status sócio-econômico baixo são as mais propensas a adoecerem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário