Um aparelho parrudo para entretenimento e para quem procura aparelhos de alta qualidade. Mas ainda havia mais um problema crítico: grandes smartphones não possuem o desempenho de bateria esperado pelos consumidores. E aí saiu o Razr Maxx, um aparelho quase igual ao primeiro, mas com upgrades que o tornam muito mais atraente.

À primeira vista é fácil consideramos o aparelho um tanto quanto desengonçado. Não que ele seja feio, mas sua tela grande e a pequena espessura trazem a sensação de que você está com uma fina placa enorme para ser colocada na orelha. Ele parece, na verdade, um mini Xoom 2.
A frente é toda tomada por vidro ligeiramente chanfrado, e não há nenhum botão físico, sendo que todos os botões padrão do sistema são de toque, e só aparecem quando se interage com o aparelho. O formato dele é meio retangular, com as bordas emborrachadas ligeiramente “apertadas”. Ele pesa 145 gramas, 18 a mais do que o Razr antigo, e tem proteção contra água, mas apenas a alguns respingos - não pense em mergulhar com ele.


Tela
Uma enorme tela de 4.3 polegadas, com tecnologia super AMOLED Advanced e Gorilla Glass. Apesar de ter o mesmo tamanho do Galaxy S II e as mesmas 16 milhões de cores, possui mais definição, com 540 x 960 pixels. Com essa definição e esse brilho todo – com brancos bem equilibrados –, fica ótima para ver vídeos e jogar. A resposta da tela é suave e boa, e não é preciso apertar várias vezes para que ela responda.

Hardware e processamento
Resumidamente temos aqui um potente processador dual-core de 1.2GHz Cortex-A9, acompanhado de 1GB de RAM. Também temos conexão Wi-Fi b/g/n, GPS, 3G e Bluetooth 4.0, tudo de ponta. Nos sensores temos acelerômetro, proximidade e a bússola.

Ele se saiu bem também nas ligações. A conexão é um pouco fraca, mas a ligação é clara e cristalina, com som bem alto. Ele foi um pouco devagar no Wi-Fi, mas o GPS foi realmente eficiente, como afirma a própria Motorola.
Sistema operacional e usabilidade
Para a alegria de todos, o Maxx já vem com o sistema Android 4.0, o Ice Cream Sandwich, e seu hardware faz dele um bom aparelho para receber outros updates. As melhorias da Motorola e o sistema 4.0 o deixam muito prático e muito esperto, como um smartphone deve ser. Ele tem suporte a Flash e Java.
A função que é o diferencial do Razr se chama Smart Actions. Ele é um aplicativo, mas influencia em todos os outros e também na sua produtividade. Ele funciona automaticamente, aprendendo com sua rotina, ou configurado manualmente. É possível criar gatilhos que desencadeiam ações diversas.

Outra coisa que só se percebe o valor com o tempo são grupos. Só tínhamos visto grupos antes em aparelhos da LG, mas essa é uma função matadora. É possível dividir seus aplicativos em grupos pré-selecionados pelo sistema ou criar seus próprios grupos. Para àqueles que mantém mais de 100 aplicativos na memória, é uma bênção poder separar jogos de aplicativos, pelo menos.

Aplicativos
Há bastante coisa incluída no Rarz. Além dos tradicionais, encontramos o GoToMeeeting para reuniões online, Citrix para o mesmo objetivo, Locais e amigos – que mostra locais próximos em determinadas categorias, além de mostrar o que seus amigos estão fazendo – e o QuickOffice para visualizar e editar arquivos.

Interessante notar a preocupação da Motorola com os marinheiros de primeira viagem. O aplicativo Central de Ajuda possui diversas explicações em vídeo, tanto das características particulares do Razr como também das novidades do Android ICS. A conexão com o Motorola Device Manager permite encontrar e apagar seu dispositivo à distância.

Câmera
A câmera de 8 megapixels e flash de LED trouxe bons resultados – melhor do que os que costumamos encontrar nos aparelhos da Motorola. Em situações de muita luz, se saiu bem, apenas com um pouco de blur, um pouco de ruído.
Em pouca luz, traz bons detalhes com flash, mas granula fortemente, mas dá para o gasto. A acuidade também não é impressionante, e poderia ser melhor nisso, já que são 8 megapixels. Há um sistema de panorama que tira fotos automaticamente até formar uma imagem.
São muitos os ajustes. Além de alguns efeitos de cor, possui 7 cenas interessante como retrato, automático, noite, macro e outros. Possui foto com timer, em sequência, controla exposição e flash. Também funciona com geotags (marcadores geolocalizados). Há também uma câmera frontal de 1.3MP que grava em HD, mas serve mesmo apenas para conversas de vídeo.

O áudio, inclusive, possui diversos ajustes como estéreo, redução de vento, show e outros. Muito completo, mostra o início dos smartphones que querem o lugar também das filmadoras. Mas com essa granulação, ainda não vai ser dessa vez. Não possui auto foco, mas tem uma boa estabilização.
Música e mídia
O tocador de música tem o dedo da Motorola. Ao invés do simples player do Android, uma interface modificada que funciona junto ao Last.fm. E com o aplicativo MotoCast você transfere músicas do computador para o Razr, ao estilo iTunes/iPhone. Há também áreas especiais para rádio online e podcasts. Se estiver conectado à internet, puxa na hora a letra da música que está tocando.
O som externo é bem alto, mas fica estourado quando nos volumes maiores. Há um equalizador, mas não melhora muito. Já o som interno, com o par de fones comuns, é bem melhor. Não se compara com os Sony e Nokias, mas tem um bom estéreo. O equalizador traz muitas opções interessantes, mas não consegue tirar o ligeiro excesso de agudos.

E ele também possui conexão HDMI – com cabo incluso, o que é muito bom – e tecnologia DLNA, que permite conectá-lo sem fios a outros dispositivos eletrônicos como home theaters, DVDs, etc. Qualquer filme Full HD roda com seu processamento em sua HDTV.
Bateria e armazenamento
Aqui encontramos o motivo do lançamento do Maxx como um upgrade do Razr tradicional. A bateria do Maxx é até duas vezes maior do que a do modelo anterior, e passa na frente de todos os outros smartphones do mercado. Em nossos testes, chegamos a 18 horas de uso moderado, com internet, jogos, filmes e ligações. Em stand-by, são mais de três dias de bateria, mais um recorde. Até mesmo quando ele chegou nos últimos 10% críticos de bateria, ele ainda se manteve ligado por mais de 5 horas.
Por ter 16GB de armazenamento, não vem com nenhum cartão de memória, mas aguenta até 32GB. Com 16GB já dá para fazer muito, e um cartão de 32GB já não custa mais tão caro.
O que vem na caixa
Uma caixa bem completa. Nada de muquiranice e simplicidade. Aqui encontramos, além do aparelho, um par de fones, cabo HDMI – uma mão na roda, pois é um cabo caro e difícil de encontrar –, cabo USB, carregador de viagem e manuais.
Há também espumas reserva para os fones e clipe de segurança. Não há mais o adaptador para lapdock que vinha no primeiro Razr.

Nenhum comentário:
Postar um comentário