quarta-feira, 3 de abril de 2013

Cientistas usam formigas robôs para estudar hábitos do inseto

Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey (NJIT) e do Centro Nacional Francês para Pesquisas Científicas (CNRS) publicaram no jornal "PLOS Computational Biology" um estudo sobre a forma como as formigas encontram o caminho mais curto entre sua colônia e a fonte de alimento. Para isso, foram utilizadas "formigas robôs" de aproximadamente 2 cm, chamadas de Alice.
Exército de formigas robôs (Foto: Reprodução/The Verge)Exército de formigas robôs (Foto: Reprodução/The Verge)
As máquinas foram equipadas com duas rodas para locomoção e dois sensores, a fim de seguir rastros de luz. Neste caso, os fotorreceptores substituem uma característica encontrada nos insetos estudados que, ao liberarem feromônios, permitem que outras formigas encontrem o seu rastro e sigam o mesmo caminho. Dessa forma, os Alices foram programados para imitar dois comportamentos básicos do bicho: evitar obstáculos e seguir pistas de luz.
A descoberta dos pesquisadores está no fato de que, com apenas dois comportamentos simples, os pequenos robôs conseguem selecionar o caminho mais curto entre a colônia e a fonte de alimento. Em 70% dos testes realizados, eles atingiram o objetivo, algo bastante próximo ao que acontece com as formigas reais. Além disso, foi possível verificar que os animais não utilizam processos cognitivos complexos para escolher uma rota, mas preferem um sistema de confiança em que os caminhos já escolhidos por outras formigas são levados em consideração.
Os estudos dos pesquisadores ainda não terminaram. O próximo passo é descobrir como estes insetos criam a estrutura de sua colônia. Através de análises como estas, os cientistas pretendem entender o comportamento interno de sociedades de animais.

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