O avião hipersônico HIFiRE é a extremidade com pintura branca e
quadriculada. Aqui ele está sendo colocado na extremidade do foguete que
o impulsionou. [Imagem: WSMR/John Hamilton]
É a primeira vez que um veículo hipersônico está sendo avaliado em uma bateria consistente de testes, e usando combustível derivado de petróleo.
Este foi o primeiro de uma série de 10 lançamentos, que estão acontecendo na ilha de Kauai, no Havaí.
Voos hipersônicos
A NASA liderou durante vários anos as pesquisas com voos hipersônicos, sobretudo com o seu lendário X-43.
Mais recentemente a Austrália surgiu no páreo, detendo hoje o recorde mundial de velocidade com seu protótipo HyCAUSE, que superou Mach 20.
O voo hipersônico é definido como aquele com velocidades a partir de Mach 5, ou seja, cinco vezes a velocidade do som.
Motor hipersônico
O "avião hipersônico" que acaba de ser testado é pouco mais do que um "motor voador" - algo como uma turbina voadora, em uma comparação com os aviões comerciais.
Ele consiste em uma entrada regulável de ar, que permite a aceleração, o combustor estatojato propriamente dito, e dois canos de escapamento. Em volta há espaço suficiente para circuitos de controle e comunicações.
É
a primeira vez que um veículo hipersônico está sendo avaliado em uma
bateria consistente de testes, e usando combustível derivado de
petróleo. [Imagem: AFRL]
Partindo da velocidade atingida pelo foguete, equivalente a Mach 6 (7.350 km/h) o HIFiRE acelerou até Mach 8 (9.800 km/h) e sustentou o voo hipersônico durante 12 segundos.
O tempo de voo parece pouco, mas foi considerado uma grande conquista para um voo em velocidades hipersônicas - sintomaticamente, é exatamente o mesmo tempo de voo alcançado pelo X-51A, da NASA, há cerca de dois anos.
Transição subsônica para supersônica
A carga útil do HIFiRE inclui mais de 700 instrumentos e sensores, que coletam e transmitem os dados para os pesquisadores em terra.
"Este teste nos dará dados científicos únicos sobre a transição da combustão de subsônica para supersônica - algo que não podemos simular em túneis de vento," disse Ken Rock, engenheiro da NASA que coordena o projeto.
Isto foi possível porque, enquanto estava sendo impulsionado pelo foguete, o avião hipersônico manteve sua entrada de ar mais fechada, reduzindo o fluxo de ar para o equivalente a Mach 1.
Ela foi totalmente aberta para que fosse possível atingir Mach 8, efetuando a transição da combustão interna do estatojato de subsônica para hipersônica.
Petróleo hipersônico
O uso de combustível derivado de petróleo também é uma novidade, uma vez que, até agora, os testes eram feitos com alimentação a hidrogênio.
Embora o hidrogênio seja mais reativo, um derivado do petróleo oferece muitas vantagens, incluindo a simplicidade operacional e uma maior densidade de combustível, permitindo que os aviões hipersônicos possam transportar mais combustível e voar mais tempo.
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