terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Testamos o HomeSync: sem novidade, Samsung quer brigar com AppleTV

Para quem já conhece AppleTV, Roku e WDTV, o HomeSync, media player que a Samsung acaba de revelar na MWC 2013, não parece ter muitas novidades. Porém, o uso da nova caixinha preta - ou melhor, prateada, no bom e velho "aço escovado" - traz algumas surpresas. E, em sua maioria, boas.
HomeSync traz plataforma Android adaptada para utilização com TV, muito similar à Google TV (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)HomeSync traz plataforma Android adaptada para utilização com TV, muito similar à Google TV (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)
No estande da gigante coreana, no Mobile World Congress, que acontece em Barcelona, na Espanha, os testes são feitos com poderosos Galaxy S3. E de cara vale lembrar que nem todo mundo tem todo esse potencial de processamento ao alcance da mão, embora qualquer aparelho com Jelly Bean possa funcionar como controle do HomeSync, com algumas restrições.
Samsung Galaxy S III sincronizado com o HomeSync (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)Samsung Galaxy S III sincronizado com o HomeSync (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)
Quando o Android 4.2 aparece na tela, tendo em mente a referência à AppleTV, é inevitável perguntar: "Estaríamos diante do GoogleTV?" Na prática, sim. Na teoria, não. Afinal, todos os assessores, executivos, demonstradores e quem quer que seja da Samsung, vai negar isso. "É a SamsungTV", diz uma das demonstradoras, cheia de confiança. Afinal, só quem é da "família" Galaxy consegue ver vídeos em fulo HD 1080p e ter acesso a conteúdo extra na Play Store
Homesync é a nova aposta da Samsung para concorrer com Google TV e Apple TV (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)Homesync é a nova aposta da Samsung para concorrer com Google TV e Apple TV (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)
O aparelhinho roda suave, com seu processador dual core 1.7GHz e 1TB de disco. O S3 conecta com o gadget e logo vira um controle remoto turbinado, com acesso à Google Play, de onde você pode espelhar seu conteúdo na TV sem o menor sobressalto. Com uma boa conexão, tudo flui exemplarmente. Mesmo vídeos em HD rodam bem, ainda que você avance e retroceda várias vezes. Aliás, por falar em conexão, o HomeSync tem duas entradas USB 3.0, uma HDMI, uma de áudio óptico e uma porta ethernet, na parte traseira.
Parte traseira do Homesync com conexões HDMI e ethernet, entre outras (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)Parte traseira do Homesync com conexões HDMI e ethernet, entre outras (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)
O celular também vira uma espécie de mouse, cujo cursor pipoca na tela e com o qual é possível arrastar o conteúdo para lá e para cá. Embora isso não seja muito útil - afinal, quem vai ficar pescando ícones se poderia simplesmente apertá-lo na tela de seu aparelho? -, foi a melhor experiência de controles remotos "de apontar" que já tivemos. Não há lag nem falhas no acelerômetro.
Uma das funções mais legais do HomeSync é espelhar a tela de seu celular na TV. Ok, isso não é exatamente uma novidade, mas a forma como isso roda, suave e sem sobressaltos, é muito agradável. Você pode, por exemplo, tirar uma foto de sua família e, com o conteúdo espelhado na TV e todo mundo pode aprovar (ou reprovar) sem se aglomerarem nas suas costas.
O conteúdo do celular com Android pode ser espelhado na tela para você navegar com mais conforto (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)O conteúdo do celular com Android pode ser espelhado na tela para você navegar com mais conforto (Foto: TechTudo/Fabrício Vitorino)
O HomeSync também tem um armazenamento respeitável. Com seu 1 terabyte, dá para entulhar todo tipo de conteúdo nele. Mas, outra vez, onde entra o armazenamento na nuvem? Não teria sido melhor um dispositivo com um armazenamento menor - ou mesmo arriscar não o ter -, e baratear o produto?
No geral, o HomeSync tem tudo para entrar no jogo dos media players. Entretanto, com as Smart TVs cada vez mais smart e com mais funcionalidades, a dúvida fica por conta da relevância desses aparelhos em um futuro bem próximo. Ainda mais se levarmos em consideração que, dentro da "família" Samsung, a tecnologia DLNA, que existe já há alguns anos, faz praticamente a mesma coisa, custando, provavelmente, algumas dezenas de euros (ou dólares) a menos e deixando mais espaço livre em nossas salas.

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