quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Coreanos criam sistema de alta transmissão de energia que não usa cabos

Dois institutos de pesquisa sul-coreanos, o Korea Advanced Institute of Science and Technology (KAIST) e o Korea Railroad Research Institute (KRRI), anunciaram a invenção de um sistema de transmissão de eletricidade de alta potência que não utiliza fios. A tecnologia de recarga via wireless já está sendo implantada nas novas gerações de smartphones, mas a inovação do modelo, batizada de OLEV (On-line Electric Vehicle), é muito mais potente.
A técnica permite enviar de forma estável e constante até 180kW de eletricidade, o suficiente para mover trens, metrôs, guindastes e outros veículos e máquinas pesadas. Para demonstrar a viabilidade da estrutura, os pesquisadores construíram um protótipo com uma locomotiva e um vagão, na estação de Osong, localizada na província de Chungcheong do Norte, na Coréia do Sul.
Esquema de funcionamento da locomotica com o sistema OLEV (Foto: Divulgação/KAIST)Esquema de funcionamento da locomotica com o sistema OLEV (Foto: Divulgação/KAIST)
A ideia é testar a locomotiva em viagens para a estação da cidade de Gumi a partir de junho. O veículo fica a 20 cm de distância das linhas de transmissão, instaladas no chão, entre os trilhos da estação, e recebe uma carga de 100 kW de energia, transmitida a 20 kHz, com uma eficiência de 85%.

Em um comunicado oficial, o professor Dong-Ho Cho, diretor da pesquisa pelo instituto KAIST, relatou que a tecnologia OLEV já foi bastante aprimorada desde seu estágio inicial. “A quantidade de transmissão de energia está três vezes maior, e o tamanho e peso dos módulos de captação também foram diminuídos", afirmou. Com isso, foi possível reduzir os custos de produção dos principais componentes. Ainda de acordo com o pesquisador, em breve, o sistema OLEV vai estar próximo de ser comercializado.
Segundo os inventores, o sucesso da técnica vai permitir a eliminação de postes de suporte de fios condutores de eletricidade, tornando possível construir ferrovias com menos espaço e túneis, e acessos menores. Além disso, deve haver uma enorme redução no custo para a edificação e manutenção de vias de transporte ferroviário e no desgaste de seus equipamentos.

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