terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Peugeot promete carro com propulsão híbrida de gasolina e ar comprimido

A Peugeot promete lançar, em 2016, um carro híbrido cuja propulsão será gerada por um motor comum a gasolina e um sistema que acumula pressão do ar. De acordo com o projeto, o carro teria uma autonomia de 34 quilômetros por litro de combustível e emissões de carbono mais baixas do que aquelas de carros com sistemas híbridos com gasolina e eletricidade.
Peugeot promete lançar carro que usa ar comprimido para se mover (Foto: Divulgação)Peugeot promete lançar carro que usa ar comprimido para se mover (Foto: Divulgação)
O sistema de propulsão via ar comprimido funciona usando uma pequena bomba de ar. Ela é movida pela energia cinética das frenagens do automóvel, e o gás é comprimido em tanques, que funcionam como os acumuladores de um sistema hidráulico (acumuladores são tanques que armazenam a energia potencial do gás bombeado pelos freios).
Essa energia potencial pode ser liberada pelo carro em situações de necessidade, permitindo que o carro seja movido por ar comprimido, motor a combustão ou com os dois sistemas simultaneamente.
Motores e sistemas que funcionam com acumuladores hidráulicos geram muito calor e há riscos no sistema, como rompimento dos tanques e o fato de que, para gerar mais pressão, as frenagens precisam ser progressivas. Isso explica a necessidade de que os carros que usem sistemas de ar comprimido tenham capacidade de frenagem levemente reduzida.
Mas, quando colocada em comparação com as soluções elétricas para propulsão de veículos, o sistema a ar é mais sustentável. Baterias são feitas de elementos tóxicos e escassos, e custam muito caro. Além disso, a tecnologia de baterias disponível hoje não permite que um carro elétrico alcance modelos a combustão em termos de autonomia.
O sistema híbrido a ar impacta menos no ambiente, é muito mais barato e a tecnologia de acumuladores, conversores de pressão e bombas existe desde o alvorecer da Revolução Industrial. Hoje, por exemplo, é possível bombear concreto ao topo de arranha-céus em construção com o mesmo princípio de motor, bomba de ar e cilindros. Edifícios como o Burj Khalifa, de 830 m, não seriam possíveis sem esse tipo de sistema.

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