Com informações da NASA - 16/03/2012
O substantivo é Aglomerado Globular Messier 9. Os adjetivos ficam por conta de quem observa. [Imagem: NASA/ESA]
Este é o Messier 9, um aglomerado globular, um enxame aproximadamente esférico de estrelas que fica a cerca de 25.000 anos-luz da Terra, perto do centro da Via Láctea - tão perto que as forças gravitacionais do centro galáctico distorcem ligeiramente sua forma.
Acredita-se que os Aglomerados globulares abriguem algumas das estrelas mais antigas da nossa galáxia, nascidas quando o Universo tinha apenas uma pequena fração da sua idade atual.
Além de serem muito mais velhas do que o Sol - cerca do dobro da idade - as estrelas de Messier 9 também têm uma composição muito diferente, com uma quantidade muito menor de elementos pesados do que o Sol.
Em particular, os elementos cruciais para a vida na Terra, como oxigênio e carbono, além do ferro que compõe o núcleo do nosso planeta, são muito escassos em Messier 9 e em outros aglomerados globulares do seu tipo.
Nuvem de estrelas
Messier 9, como o próprio nome sugere, foi descoberto pelo astrônomo francês Charles Messier, em 1764.
Mesmo usando os telescópios mais avançados da época, nenhuma das estrelas do aglomerado podia ser vista individualmente. Messier, vendo apenas um leve borrão, classificou o objeto como uma nebulosa - na verdade ele usou o termo latim para "nuvem".
O contraste entre o equipamento de Messier e as ferramentas à disposição dos astrônomos de hoje é gritante.
Esta imagem do Hubble, por exemplo, que é a imagem de mais alta resolução já feita de Messier 9, é capaz de mostrar estrelas individuais, bem no centro lotado do aglomerado.
Mais de 250.000 delas foram bem focalizadas pelo detector da "Câmera Avançada de Rastreamento" do Hubble, em uma imagem que cobre uma área não maior do que o tamanho da cabeça de um alfinete vista a uma distância equivalente ao comprimento de um braço.
Temperatura e cor
Além de mostrar estrelas individuais, a imagem do Hubble mostra claramente as diferentes cores das estrelas.
A cor de uma estrela está diretamente relacionada à sua temperatura - contra-intuitivamente, quanto mais vermelha, mais fria ela é, e quanto mais azul, mais quente.
A vasta paleta de cores visíveis na imagem do Hubble revela, portanto, que, quando se trata de temperaturas estelares, ou de cores, Messier 9 tem opções para todos os gostos.
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