quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A pirataria é a nova rádio

 

 

Pelo menos é esta a opinião do músico Neil Young, que considera que neste tempo do digital a partilha de ficheiros tomou o lugar da rádio na descoberta de música nova


Neil Young comparou a pirataria à rádio, na entrevista que deu ao All Things D. Em vez de reclamar contra eventuais perdas de dinheiro devido à partilha ilegal, Young considera que a pirataria é a forma como, hoje, a música passa de ouvido em ouvido.
Neil Young também considera que se deve modificar o paradigma da música digital. “Não é que o digital seja mau ou inferior, [o problema] é que a forma como está a ser usado não faz justiça à arte”, afirmou. “O MP3 tem apenas 5% dos dados presentes na gravação original… A comodidade da era digital forçou as pessoas a escolher entre qualidade e comodidade, mas não deviam ter de fazer esta escolha”.
A ideia de que a pirataria não é necessariamente má para o autor não é partilhada apenas por Neil Young. De acordo com o Gigaom, Markus Persson, o programador Sueco responsável pelo popular jogo Minecraft, disse que vê a pirataria como uma forma de marketing. Numa conferência recente sobre a indústria da música, o CEO da empresa Rovio, responsável pelo jogo Angry Birds, afirmou que “a pirataria pode não ser uma coisa má”, porque aumenta o interesse sobre as versões oficiais dos produtos da empresa.
Recentemente, o comediante Louis CK também resolveu contornar a questão dos direitos de autor, distribuição tradicional e proteções contra cópia ilegal, disponibilizando no seu próprio site o seu programa de comédia por apenas cinco dólares. O vídeo, que não estava protegido por qualquer esquema DRM, de proteção contra cópias ilegais, rendeu mais de um milhão de dólares em apenas uma semana (cerca de 770 mil euros).


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