A mineração da carnalita será realizada a partir da injeção de água
quente em poços onde serão dissolvidos os sais. [Imagem: Cortesia Vale]
A Vale e a Petrobras assinaram acordo para a exploração de potássio em Sergipe.
A concessão da mina pertence à Petrobras, e a exploração das reservas do mineral carnalita será feito pela Vale, em um arrendamento com duração de 30 anos.
A Vale já explora uma outra mina arrendada da Petrobras, chamada Taquari-Vassouras, onde produz cloreto de potássio a partir dos sais do mineral silvinita, em um volume de cerca de 600 mil toneladas anuais.
Diferentemente dessa produção atual do cloreto de potássio, cuja extração é feita em lavra subterrânea, a mineração da carnalita será realizada a partir da injeção de água quente em poços onde serão dissolvidos os sais.
A salmoura, uma mistura da carnalita com outros sais, será então retirada do subsolo e processada na superfície.
Dependência brasileira de fertilizantes
Estima-se que o Projeto Carnalita poderá adicionar um volume de 1,2 milhão de toneladas à produção de potássio.
Essa oferta permitirá ao Brasil economizar cerca de US$ 17 bilhões em importações ao longo de 29 anos - o período de arrendamento menos o tempo que levará para o início das operações.
O Projeto prevê ainda a geração de aproximadamente quatro mil empregos na fase de construção, bem como de 700 empregos na fase de operação.
Atualmente, o Brasil importa 70% dos fertilizantes. No potássio especificamente, a importação atinge 90% das necessidades nacionais.
O cloreto de potássio, classificado como fertilizante mineral simples, é misturado ao fósforo e ao nitrogênio na produção do fertilizante composto (NPK, os símbolos químicos dos três elementos).
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