Com a nacionalização da tecnologia, os magnetômetros poderão ser
fabricados de acordo com a necessidade de cada aplicação.
[Imagem: Observatório Nacional]
Pesquisadores do Observatório Nacional desenvolveram toda a tecnologia para fabricação de um magnetômetro para prospecção mineral.
Destinado a fazer prospecção geofísica, o instrumento ajuda a localizar minérios e petróleo por meio da medição do campo magnético da Terra em locais previamente determinados como mineralmente promissores.
Os minerais podem ser encontrados por magnetômetros devido à influência que os elementos preponderantes nas rochas exercem sobre o fluxo magnético na região.
Magnetômetro de saturação
O equipamento criado no Observatório Nacional é do tipo conhecido como magnetômetro de saturação, ou de núcleo saturado (fluxgate).
Ele tem como diferencial um sensor de alta precisão para realizar medidas do campo magnético com uma relação sinal/ruído muito baixa.
Graças ao elemento sensor - uma liga de material magneticamente amorfo, composta de cobalto, ferro, silício e boro -, este magnetômetro é capaz de realizar medidas em campos de baixa intensidade de fluxo magnético com precisão semelhante à dos melhores instrumentos importados.
Além da alta qualidade, a nacionalização da tecnologia permitirá eliminar as despesas de importação, reduzir os custos de produção e permitir ao país ter domínio de uma tecnologia considerada de ponta, o que também abre as portas para a exportação do equipamento.
Portátil e econômico
O sensor capta o campo magnético, ou as suas variações, e um circuito eletrônico dedicado modifica o sinal captado, permitindo a avaliação precisa do campo que está sendo medido.
O aparelho consome pouca energia, o que favorece sua utilização em trabalhos de longa duração no campo e em condições especiais de operação.
"Dependendo da aplicação, nossos magnetômetros, incluindo sensor e eletrônica, são construídos com diferentes geometrias, dimensões, peso e precisão", destacou o geofísico Luiz Benyosef, que desenvolveu o equipamento com seus colegas André Wiermann e José Roberto Carvalho.
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