quarta-feira, 25 de abril de 2012

Superbits são magneticamente mais independentes


Superbits são magneticamente mais independentes
Imagens por microscópio eletrônico dos superbits (acima) e da seção da estrutura (embaixo). Os superbits são feitos de uma liga de cobalto-paládio.[Imagem: IOP]
Endereçamento direto
Engenheiros de Cingapura desenvolveram uma técnica de fabricação de bits magnéticos que permite o endereçamento direto de cada bit.
Segundo suas demonstrações iniciais, um disco rígido fabricado com a nova técnica pode alcançar uma densidade de armazenamento de 3,3 terabits por polegada quadrada, mais de seis vezes a densidade atual.
O resultado é superior ao obtido com os discos rígidos salgados e com as torres de informação 3-D, duas técnicas demonstradas recentemente.
Tecnologia dos discos rígidos
Cada bit de um disco rígido é formado por dezenas de grãos magnéticos nanoscópicos, que são dispostos de forma um tanto aleatória sobre os pratos do disco.
Há duas possibilidades de aumentar a densidade de gravação: reduzir o tamanho das partículas magnéticas ou reduzir o número de partículas por bit.
Infelizmente, é consenso geral na indústria que nenhuma das duas abordagens conseguirá superar o limite de 1 terabit por polegada quadrada.
Superbits magnéticos
Joel Yang e seus colegas do Instituto ASTAR agora apresentaram uma terceira via, uma abordagem alternativa que eles chamaram de BPM (bit-patterned media).
Ao contrário das médias granulares, a BPM é composta por conjuntos ordenados de "superbits" individuais, bem maiores do que os grãos dos bits magnéticos atuais, mas com a vantagem de poderem ser endereçados individualmente.
Isso reduz muito o ruído na gravação e na leitura, graças à "independência" dos superbits, que operam individualmente, permitindo aumentar a densidade de armazenamento.
E a técnica de fabricação dispensa a gravação litográfica, uma possibilidade que vem sendo aventada pela indústria, mas que é cara demais.
Testes para valer
Os pesquisadores fabricaram protótipos com sua técnica BPM que atingiram até 3,3 terabits por polegada quadrada, o equivalente a um "passo" de leitura de 15 nanômetros.
"A resolução da nossa técnica é maior do que os processos de litografia por feixe de elétrons porque usamos um processo em solução salina que produz estruturas nanopostes-resiste com uma densidade de até 15 nanômetros," disse Yang.
Nos testes para valer, de leitura e escrita, a melhor confiabilidade foi obtida com superbits de 20 nanômetros, o que equivale a 1,9 terabit por polegada quadrada.

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