O designer gráfico Marcelo Pierro comenta o papel essencial do programa nas últimas duas décadas
Para Marcelo Pierro, Photoshop é unanimidade no tratamento de imagens
Elisa Ramirez - Reprodução
As ferramentas do programa permitem editar, retocar e até compor imagens únicas
Em entrevista ao Comunicação On-line , o diretor de arte da G8 Design, Marcelo Pierro, 37 anos, comenta a trajetória do software desde sua criação. Formado em Desenho industrial e Programação Visual na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, dentre várias criações o designer assina a logomarca da campanha que fez de Curitiba, uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014. Pierro também explica como o Photoshop atende a todas as demandas de quem trabalha com imagem e se mantém até hoje sem concorrentes nesse mercado.
Comunicação: Quando começou o seu contato com o Adobe Photoshop?
Marcelo Pierro: Há uns 15 anos, na faculdade. Ele era bem recente, mas já era muito bom. Já oferecia muitas ferramentas e até hoje não tem nenhum outro programa que se aproxime do patamar do Adobe. Ele é uma unanimidade no Brasil e no mundo, independente da plataforma, seja PC ou Mac. Hoje, sem dúvida nenhuma, o Photoshop supre todas as necessidades de quem trabalha com imagem.
Comunicação: Como um designer gráfico usa o programa no dia a dia?
Pierro: Para os designers ele é um “quebra-galho”, um hábito. Sem o programa seria muito mais trabalhoso editar e tratar imagens, mas o produto não deixaria de ser desenvolvido. Já para um arte-finalista o software é indispensável. As ferramentas mais utilizadas são os levels (níveis), curvas, contrastes de cores, brilho, recorte. Outra ferramenta bem específica para a rotina de um designer é a que permite “vetorizar” ilustrações feitas à mão, assim se pode digitalizar a imagem e expandi-la sem deformações.
Comunicação: Em que outros contextos o Photoshop é utilizado?
Pierro: O Photoshop extrapolou o Design Gráfico e é usado para qualquer tipo de produção gráfica: jornal, internet, publicações desde uma grande revista de moda até um jornalzinho de bairro. É possível até diagramar uma revista inteira. Mas é bom ressaltar que o resultado depende muito da competência do profissional que tira a foto e da própria produção também.
Comunicação: Como o programa contribuiu para a mudança no conceito de imagem?
Pierro: O Photoshop não é mais um programa e sim um termo. Virou uma coisa tão banal que qualquer um que compra uma revista erótica, por exemplo, sabe que as fotos passaram por tratamento. Hoje o público é muito exigente, mas não significa que isso seja bom. Os produtos são “photoshopados” e por isso não retratam a realidade. O consumidor compra um produto bonito, mas irreal.
Já tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6853/10. A “Lei do Photoshop” prevê que todo produto gráfico com imagens tratadas digitalmente venha com mensagem de advertência, além de multa de 50 mil reais para quem não obedecer.
Comunicação: Que mudanças você percebeu no software ao longo desses 20 anos? Pierro: Como o programa sempre foi bom, e a gente se habitua a usar, nem sempre nota as mudanças. De forma geral, as ferramentas melhoraram. A velocidade do programa, o layout e a interface também mudaram.
Comunicação: Quais os pontos positivos e negativos do Photoshop?
Pierro: Como positivo ele oferece possibilidades para o usuário fazer o que quiser com a foto, já que são inúmeros recursos. Mas com isso, o observador é tirado da realidade. Ele vê uma foto maravilhosa, a atriz linda, o vidro translúcido, o carro sem defeitos. Essa é grande questão: de que vale tanta perfeição se mundo não é perfeito?
Comunicação: Como você vê o futuro das técnicas de tratamento de imagem?
Pierro: As técnicas estão tão perfeitas que não vejo mais no que evoluir. A não ser que possibilitem a terceira dimensão (3D), aí realmente não sei o que esperar. Antes o Photoshop era uma ferramenta profissional, mas com a massificação dos computadores, qualquer pessoa que se interesse tem acesso fácil. A tendência é que o uso do software se popularize, e com isso não sei como o designer gráfico vai atuar. Ele terá que estar um passo à frente.
Entenda o que cada versão do Photoshop trouxe nesses 20 anos. Versão 2.0 (1992): trouxe a ferramenta recorte (Path) e suporte para a escala de cores CMYK, usada para impressão em papel.
Versão 2.5 (1993): primeira versão para Windows. Antes, só rodava em Mac.
Versão 3.0 (1994): surgiram as camadas (layers), que permitiram ao usuário fazer composição e colagem. Foi a maior novidade em toda a história do software.
Versão 4.0 (1996): trouxe a interface que se usa até hoje, além das camadas de ajuste e as actions, ou macros, comandos para automatizar tarefas repetitivas.
Versão 5.0 (1998): com a paleta Histórico (History), tornou-se possível desfazer etapas da edição; textos aplicados na imagem agora podiam ser manipulados, e acrescentou-se o gerenciamento dos perfis de cores.
Versão 5.5 (1999): com o Salvar para Web (Save for Web), as imagens podiam ser exportadas para a Internet no menor tamanho de arquivo. A ferramenta Extract resolveu recortes difíceis, como fios de cabelo, por exemplo.
Versão: 6.0 (2000): as camadas de vetores dão ares de Illustrator ao Phtoshop. Surge o filtro Liquify, que consolida as edições estilo “cirurgia plástica”: aumentar o busto, afinar a cintura…
Versão 7.0 (2002): o inventor do Photoshop traz o plug-in Camera Raw, especialmente importante para fotógrafos profissionais. Retocar retratos ficou mais fácil com a ferramenta Esparadrapo (Patch).
Versão CS (2003): trouxe um recurso para detectar scans de notas de dinheiro e impedir que sejam impressos.
Versão CS2 (2005): a Lens Correction corrige fotografias, Vanishing Point ajuda a editar objetos em perspectiva, e Smart Objects facilita montagens complexas.
Versão CS3 (2007): com as camadas de filtros, pode-se editar sem alterar a imagem original. Trouxe também suporte para exportar imagens direto para telefone celular.
Versão CS4 (2008): o usuário tem a opção de abrir documentos em abas, e o programa oferece suporte para objetos criados em programas de desenho em 3D.
Versão 2.5 (1993): primeira versão para Windows. Antes, só rodava em Mac.
Versão 3.0 (1994): surgiram as camadas (layers), que permitiram ao usuário fazer composição e colagem. Foi a maior novidade em toda a história do software.
Versão 4.0 (1996): trouxe a interface que se usa até hoje, além das camadas de ajuste e as actions, ou macros, comandos para automatizar tarefas repetitivas.
Versão 5.0 (1998): com a paleta Histórico (History), tornou-se possível desfazer etapas da edição; textos aplicados na imagem agora podiam ser manipulados, e acrescentou-se o gerenciamento dos perfis de cores.
Versão 5.5 (1999): com o Salvar para Web (Save for Web), as imagens podiam ser exportadas para a Internet no menor tamanho de arquivo. A ferramenta Extract resolveu recortes difíceis, como fios de cabelo, por exemplo.
Versão: 6.0 (2000): as camadas de vetores dão ares de Illustrator ao Phtoshop. Surge o filtro Liquify, que consolida as edições estilo “cirurgia plástica”: aumentar o busto, afinar a cintura…
Versão 7.0 (2002): o inventor do Photoshop traz o plug-in Camera Raw, especialmente importante para fotógrafos profissionais. Retocar retratos ficou mais fácil com a ferramenta Esparadrapo (Patch).
Versão CS (2003): trouxe um recurso para detectar scans de notas de dinheiro e impedir que sejam impressos.
Versão CS2 (2005): a Lens Correction corrige fotografias, Vanishing Point ajuda a editar objetos em perspectiva, e Smart Objects facilita montagens complexas.
Versão CS3 (2007): com as camadas de filtros, pode-se editar sem alterar a imagem original. Trouxe também suporte para exportar imagens direto para telefone celular.
Versão CS4 (2008): o usuário tem a opção de abrir documentos em abas, e o programa oferece suporte para objetos criados em programas de desenho em 3D.
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