Da pele para qualquer coisa
Em 2010, pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criaram uma tecnologia inédita de interface, que permite transformar a própria pele em um teclado virtual.
Eles a batizaram de Skinput - uma mescla de skin (pele) e input (entrada de dados).
- Skinput: pele substitui touchpads e telas sensíveis ao toque
Como não poderia deixar de ser, a OmniTouch incorporou a tecnologia do Kinect, que substituiu os sensores acústicos por uma câmera para rastrear os dedos do usuário sobre as superfícies.
O ganho é que os controles podem ser projetados em qualquer superfície, sem exigir a instalação dos sensores.
A nova tecnologia de interface é promissora, mas precisa primeiro ganhar um banho de mobilidade. [Imagem: CMU]
Um pico-projetor superpõe teclados e outros controles em qualquer superfície, ajustando-se automaticamente ao formato e orientação da superfície, de forma a evitar distorções das imagens projetadas, permitindo que até braços e mãos transformem-se em interfaces usáveis.
A câmera detectora de profundidade do Kinect, por sua vez, rastreia os dedos em 3D, simulando com grande realismo uma tela sensível ao toque na superfície onde a imagem está projetada.
"É concebível que qualquer coisa que você faça hoje nos dispositivos móveis, você será capaz de fazer na sua mão usando o OmniTouch," afirmou Chris Harrison, criador do Skinput original e membro da equipe que fez o upgrade para o OmniTouch.
Digitar o número do telefone na palma da mão ou projetar um teclado qwerty sobre a carteira ou o caderno realmente parecem ser alternativas promissoras.
Antes, porém, a tecnologia terá que ela própria receber um banho de mobilidade: o aparato requer um suporte sobre os ombros, nada simpático e nem um pouco prático.
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