Na verdade os olhos dos orientais (e não exclusivamente dos japoneses, como também de chineses, coreanos, tailandeses, etc) não são “puxados” e sim a pálpebra é mais lisa, e não curva como nos olhos ocidentais. O sulco palpebral superior, geralmente bem definido e cerca de 7 mm acima da linha ciliar nos ocidentais, está ausente nos orientais.
Esse sulco torna-se mais evidente ao se abrir os olhos. Há nos orientais o aspecto amendoado com elevação do canto lateral. A pálpebra inferior é caracterizada por excesso de gordura orbital, gordura pré-tarsal (porção posterior) e excesso de pele na parte medial.
Essas características provavelmente decorreram de um processo de seleção natural, ja que os olhos orientais são mais adequados para proteção contra o frio rigoroso. Possivelmente as populações que conseguiram fixar residência ao leste do Himalaia primeiro tinha forte tendência nesse perfil, e que se manteve com o passar dos séculos.
Além disso, esse traço deve ter sido uma vantagem para os habitantes de regiões frias, pois sua função é parecida com a dos óculos dos esquiadores, que possuem um visor em forma de fenda para reduzir a luminosidade refletida pela neve. Isso parece lógico, já que os mongolóides, que têm essa característica, surgiram de uma área gelada no norte da Ásia, há cerca de 10 mil anos. Como a imensidão branca das regiões frias reflete muito a luz solar que chega à superfície, quem mora nesses lugares pode ter problema de vista a longo prazo – desde cegueira momentânea até certos transtornos de retina -, o que explicaria a predominância dos olhos puxados na seleção natural.
Há diferenças entre os diferentes padrões (chineses, coreanos, japoneses) mas que são sutis para os olhos ocidentais.
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