sábado, 26 de novembro de 2011

Como Funciona o Filtro solar?

protetor-solar

O que é?

O filtro solar (também conhecido como protetor solar) é uma loção, spray ou produto tópico que ajuda a proteger a pele da radiação ultravioleta do sol, o que reduz as queimaduras solares e outros danos à pele, ultimamente ligado a um menor risco de câncer de pele. Entretanto, a loção de bronzeamento é um termo incorreto para o filtro solar, já que sua função é completamente diferente.
A loção de bronzeamento é usada para atrair raios UV para atingir um melhor bronzeado.Estas são comumente projetadas para o uso em piscinas se projetada ao ar livre pode ou não ter protecção FPS.
Os melhores filtros solares protegem tanto para UVB (radiação ultravioleta com comprimento de onda entre 290 e 320 nanometros), que pode causar queimaduras solares, e UVA (entre 320 e 400 nanometros), que causa efeitos danosos à pele a longo prazo, como envelhecimento prematuro da pele.
Muitos protetores solares contem tanto compostos orgânicos química orgânica que absorve a luz ultravioleta (como o oxibenzeno) ou um material opaco que reflete a luz (como o dióxido de titânio, o óxido de zinco), ou uma combinação de ambos. Tipicamente, materiais absortivos são referidos como bloqueadores químicos, já os materiais opacos como bloqueadores minerais ou físicos.
A dosagem para o filtro solar pode ser calculada usando a fórmula para a área de superfície do corpo e subsequentemente subtraindo a área comberta por roupa que dá proteção efetiva contra a radiação UV. A dose usada pela FDA nos testes de filtro solar é de 2 mg/cm². De uma amostragem calculada em uma monografia da FDA, se assumirmos um adulto mediano com altura de 1,63 m e peso de 68 kg com 82 cm de cintura, ele necessitaria de exatamente 29 g para cobrir sua área corporal não coberta (considerando que ele esteja vestindo uma sunga).
Ao contrário do aviso comum de que o filtro solar deve ser reaplica a cada 2-3 horas, uma pesquisa mostrou que a melhor proteção é alcançada com a aplicação 15-30 antes da exposição, seguida por uma reaplicação 15-30 minutos depois que a exposição ao sol começar. Mais reaplicações só são necessárias depois de atividades como natação, ou que a pessoa sue.
Entretanto, estudos mais recentes da Universidade da Califórnia indicam que o filtro solar deve ser reaplicado em duas horas para que mantenha sua efetividade. A não-reaplicação poderia causar até mais dano às células do que o não uso do filtro solar, devido à liberação de radicais livres extras emitidos por substâncias químicas presentes no filtro.
Uma redução significante à exposição solar inibe a produção de Vitamina D. Entretanto, a exposição ao sol excessiva tem sido conclusivamente relacionada a algumas formas de câncer de pele e sinais de envelhecimento precoce. A estação, latitude, hora do dia, cobertura de nuvens, tipo de pele e filtro solar, todos têm efeito na produção da vitamina D na pele, mas quinze minutos por dia de exposição direta ao sol geralmente é aceito entre os médicos para se atingir um ótimo na produção de vitamina D. Os especialistas geralmente recomendam uma caminhada de 15 minutos pela manhã ou final de tarde sem a utilização de filtro solar, para atingir essa necessidade.

Mecanismo de ação

Os principais ingredientes dos filtro solares são moléculas aromáticas conjugadas com grupos carbonil. Essa estrutura geral permite à molécula absorver raios ultravioleta de alta energia e liberar a energia como raios de baixa energia, desse modo prevenindo o ultravioleta, que é danoso à pele, de atingi-la. Então, quando da exposição à luz UV, a maioria dos ingredientes (com a exceção do avobenzona) não sofrem uma modificação química significativa, permitindo estes ingredientes reter o potencial de absorção de UV sem uma fotodegradação significante.
Tem dois tipos de “protetor” solar: o “químico” e o “físico”. O físico, muitas vezes chamado de bloqueador solar, contém maior quantidade de dióxido de titânio, que cria uma barreira para a passagem dos raios UV, ou seja funciona como um refletor – esses bloqueadores são aqueles que deixam uma camada branca sobre a pele, devido ao excesso de TiO2. Já os protetores químicos possuem substâncias que interagem com a radiação UV absorvendo-a e sofrendo mudanças em suas estruturas; assim a radiação UV é absorvida por essa fina camada de substâncias e não atinge os melanócitos – esse protetores não deixam aquela camada tão branca quanto os bloqueadores.

Fator de Proteção Solar

O FPS (Fator de Proteção Solar) é uma medida de laboratório que indica a efetividade do filtro solar; quanto mais alto o valor do FPS; maior a proteção que o filtro solar oferece contra raios UV-B (a radiação ultravioleta que causa a queimadura solar) e UVA (mais associada aos danos de longo prazo na pele). O FPS indica a relação entre o tempo que a pessoa pode se expor à luz solar usando filtro solar antes de se queimar e o tempo que ela pode ficar exposta à luz solar sem se queimar. Por exemplo, uma pessoa que se queimaria depois de 12 minutos no sol deve se queimar 2 horas (120 minutos) se protegida com um filtro solar de FPS 10 (10 vezes mais proteção). Na prática, a proteção de um filtro solar depende de fatores como:
  • O tipo de pele (cor) do usuário.
  • A quantidade que é aplicada e a freqüência de reaplicação.
  • Atividades que o usuário faz (por exemplo, nadar leva a uma perda de filtro solar da pele).
  • Quantidade de filtro solar que a pele absorve.
Para escolher o FPS deve se relevar as seguintes condições as pessoas têm que usar, no mínimo, FPS 15, inclusive quem tem pele mais morena defesa feita por unaniminidade pelos dermatologistas. A regra é: quanto mais clara for a pele, mais alto deve ser o FPS. Os dermatologistas garantem que vale a pena investir nos fatores de proteção mais altos, mesmo que as diferenças de proteção não sejam muito grandes -o FPS 15 filtra 93,3% da radiação ultravioleta B, enquanto o FPS 30 evita 96,7%. “Ainda não é possível se proteger 100%, porém com valores mais altos se consegue um aumento do espectro de proteção”, diz o dermatologista Humberto Ponzio.
O FPS é uma medida imperfeita do dano à pele porque um dano invisível e envelhecimento da pele também é causado pelo muito comum ultravioleta tipo A, que não causa vermelhidão nem dor. Os filtro solares convencionais não bloqueiam o UVA tão efetivamente quanto o UVB, e mesmo taxas de FPS acima de 30 podem significar baixos níveis de proteção contra UVA, de acordo com um estudo realizado em 2003 feito por pesquisadores. De acordo com outro estudo de 2004, o UVA também causa danos ao DNA de células mais profundas da pele, aumentando o risco de ocorrer melanoma maligno. Até mesmo alguns produtos rotulados como “proteção contra o amplo espectro UVA/UVB”, não provêm boa proteção contra raios UVA . A melhor proteção contra o UVA é provida por produtos que contêm óxido de zinco, avobenzona e mexoryl®. Dióxido de titânio provavelmente provê boa proteção, mas não cobre todo espectro do UVA.
Devido à confusão criada pelos consumidores sobre o grau verdadeiro e a duração da proteção oferecida, restrições nos rótulos do produtos são impostas em vários países. Nos Estados Unidos em 1999, a Food and Drug Administration (FDA) decidiu instituir o rótulo de FPS 30+ para filtros que oferecem mais proteção, e uma restrição similar foi tomada na Austrália. Essa atitude foi tomada para desencorajar empresas a produzirem falsos títulos com relação ao nível de proteção oferecida (tal como “proteção o dia inteiro”), e porque um filtro com FPS acima de 30 não provê proteção significamente maior [3].
O FPS pode ser medido aplicando-se o filtro na pele de um voluntário e medindo-se quanto tempo leva até que ocorra queimadura ao ser exposto a uma luz solar artificial. Nos EUA, tal teste in vitro é requisitado pela FDA. Também pode-se medir in vitro com a ajuda de um espectroscópio especialmente desenvolvido. Neste caso, a verdadeira transmitância do filtro é medida, juntamente com a degradação do produto devido à exposição à luz solar. Nessa medição, a transmitância do filtro deve ser medido sob todos comprimentos de onda na faixa do UVB (290–350 nm), juntamente com a tabela de quão efetivos os vários comprimentos de onda causam queimaduras (o espectro de ação eritemal) e a verdadeira intensidade espectro da luz solar (veja a figura). Tais medições in vitro apresentam muito boa concordância com as medições in vivo. [4]
Matematicamente, o FPS é calculado de dados medidos como: \mathrm{FPS} = \frac{\int A(\lambda) E(\lambda)d\lambda}{\int A(\lambda) E(\lambda)/\mathrm{MPF}(\lambda) \, d\lambda}, onde E(λ) é o espectro de radiação solar, A(λ) é o espectro de ação eritemal, e MPF(λ) é o fator de proteção monocromática, todas funções do comprimento de onda λ. O MPF é grosseiramente o inverso da trasmitância num dado comprimento de onda.
A fórmula acima demonstra que o FPS não é simplesmente o inverso da transmitância na região do UVB. Se isso fosse verdade, aplicar duas camadas de FPS 5 deveria ser equivalente ao FPS 25 (5×5). A verdadeira combinação de FPS é sempre menor que o quadrado de uma camada única de FPS.

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