Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/11/2011
O movimento das asas do inseto pode gerar eletricidade suficiente para alimentar pequenos dispositivos, incluindo câmera, microfone e um sensor de gás.[Imagem: Foto de Erkan Aktakka/SIT]
Equipes de resgate humanas poderão ser precedidas por "batedores" robóticos em áreas de acidentes.
Esta é a proposta de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Segundo eles, as equipes de pronto-atendimento poderão ser substituídas por robôs voadores, mais especificamente, por insetos ciborgues.
Para que isso seja possível, Khalil Najafi e Erkan Aktakka estão desenvolvendo formas de fazer com que os próprios insetos gerem a eletricidade necessária para alimentar os circuitos eletrônicos que eles deverão carregar.
"Com a colheita de energia, nós poderemos alimentar câmeras, microfones e outros sensores, além de equipamentos de comunicação, que o inseto poderá levar a bordo de uma pequena mochila," diz Najafi.
Devidamente equipados, eles poderão ser postos para sobrevoar as áreas de acidente, fazendo levantamentos iniciais para auxiliar as equipes de resgate.
Este é o primeiro exemplar do besouro ciborgue, por enquanto apenas com os aparatos de geração de energia. [Imagem: Aktakka et al.]
Haverá também uma bateria, mas a ideia é converter o calor do corpo do inseto e os seus movimentos em eletricidade, usando materiais piezoelétricos e termoelétricos.
Os dois pesquisadores desenvolveram um nanogerador piezoelétrico em formato espiral, o que o torna capaz de maximizar a potência gerada por área.
Embora ainda não tenha sido testado, as asas poderão ainda ser recobertas com células solares flexíveis, aumentando a geração de energia quando o inseto resolver descansar.
Como a abordagem é bem menos frankensteiniana do que implantar um chip no cérebro de uma mariposa, não deverá ser difícil obter anuência dos órgãos de proteção aos animais.
Controlar o voo dos insetos também não parece ser um problema, o que já foi feito por uma equipe da Universidade de Berkeley:
- Inseto tem voo controlado por eletrodos implantados no cérebro
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