O contato com uma fonte de luz, seja do Sol, dos faróis de um carro ou de qualquer lâmpada comum, pode chegar a ser doloroso. [Imagem: GM]
Evitando a fotofobia
Uma pesquisa franco-brasileira resultou no desenvolvimento de um nanomaterial que possibilita a conversão da luz ultravioleta (UV) em luz visível.
Associado com uma fonte de luz UV, o nanomaterial inibe a emissão dos raios que prejudicam ou incomodam a visão humana.
O contato com uma fonte de luz, seja do Sol, dos faróis de um carro ou de qualquer lâmpada comum, pode chegar a ser doloroso.
Isso acontece porque as células da retina são fotossensíveis em um nível extremamente elevado, podendo ser prejudicadas pela incidência da luz ultravioleta - gerando uma condição conhecida como fotofobia.
A defesa mais comum contra este problema, até agora, era controlar a intensidade das luzes artificiais ou utilizar óculos escuros. Isso nem sempre é eficiente, já que, neste caso, a pupila se mantém dilatada e mais vulnerável à atuação da luz UV (ultravioleta).
É aí que entra o novo nanomaterial, permitindo tratar as lâmpadas para evitar todos esses inconvenientes.
A nova nanotecnologia é resultado de um projeto do professor Antonio Carlos Hernandes, do Instituto de Física de São Carlos, da USP, em colaboração com cientistas do Instituto Néel (CRNS) e da Universidade Joseph Fourier, na França.
Luz quente
A luz branca, que cobre todo o espectro visível, já foi largamente estudada, mas o interessante desta pesquisa é que o novo material tem o centro de comprimento de onda pendendo para o lado do vermelho no espectro - os materiais já desenvolvidos têm o centro da luminescência pendendo para o lado do azul.
"Este tipo de luz é chamada de luz fria, que é aquela luz do farol do carro, por exemplo, que é branca, ou a luz emitida por LEDs, que incomoda um pouco os olhos," explica Hernandes.
O material desenvolvido, ao contrário, emite a chamada luz branca quente, que não incomoda a visão.
O nanomaterial é um pó, à maneira dos que já são utilizados em lâmpadas comuns. Ele deve ser depositado na lâmpada, sendo excitado através de LEDs ultravioleta, para transformar essa emissão em luz branca.
"O princípio é muito simples, o desafio era desenvolver um material que apresentasse uma taxa de conversão eficiente, e nós conseguimos elevar esta taxa a 90%", esclarece o pesquisador.
Conversão de UV em visível
Segundo Hernandes, o objetivo da pesquisa era desvendar cada etapa da conversão UV-visível, procurando os problemas que diminuíam a capacidade de conversão do material e corrigindo-as uma a uma.
Nos sete anos em que a pesquisa foi desenvolvida, todos os mecanismos de processamento deste tipo de luz foram investigados, para se chegar a um material que fosse realmente diferenciado.
A conversão da luz UV em luz branca é, neste estágio do projeto, extremamente eficiente.
Todo o processo tecnológico é, agora, conhecido e dominado, foi patenteado e já está em negociação com uma empresa para sua colocação no mercado.
Uma pesquisa franco-brasileira resultou no desenvolvimento de um nanomaterial que possibilita a conversão da luz ultravioleta (UV) em luz visível.
Associado com uma fonte de luz UV, o nanomaterial inibe a emissão dos raios que prejudicam ou incomodam a visão humana.
O contato com uma fonte de luz, seja do Sol, dos faróis de um carro ou de qualquer lâmpada comum, pode chegar a ser doloroso.
Isso acontece porque as células da retina são fotossensíveis em um nível extremamente elevado, podendo ser prejudicadas pela incidência da luz ultravioleta - gerando uma condição conhecida como fotofobia.
A defesa mais comum contra este problema, até agora, era controlar a intensidade das luzes artificiais ou utilizar óculos escuros. Isso nem sempre é eficiente, já que, neste caso, a pupila se mantém dilatada e mais vulnerável à atuação da luz UV (ultravioleta).
É aí que entra o novo nanomaterial, permitindo tratar as lâmpadas para evitar todos esses inconvenientes.
A nova nanotecnologia é resultado de um projeto do professor Antonio Carlos Hernandes, do Instituto de Física de São Carlos, da USP, em colaboração com cientistas do Instituto Néel (CRNS) e da Universidade Joseph Fourier, na França.
Luz quente
A luz branca, que cobre todo o espectro visível, já foi largamente estudada, mas o interessante desta pesquisa é que o novo material tem o centro de comprimento de onda pendendo para o lado do vermelho no espectro - os materiais já desenvolvidos têm o centro da luminescência pendendo para o lado do azul.
"Este tipo de luz é chamada de luz fria, que é aquela luz do farol do carro, por exemplo, que é branca, ou a luz emitida por LEDs, que incomoda um pouco os olhos," explica Hernandes.
O material desenvolvido, ao contrário, emite a chamada luz branca quente, que não incomoda a visão.
O nanomaterial é um pó, à maneira dos que já são utilizados em lâmpadas comuns. Ele deve ser depositado na lâmpada, sendo excitado através de LEDs ultravioleta, para transformar essa emissão em luz branca.
"O princípio é muito simples, o desafio era desenvolver um material que apresentasse uma taxa de conversão eficiente, e nós conseguimos elevar esta taxa a 90%", esclarece o pesquisador.
Conversão de UV em visível
Segundo Hernandes, o objetivo da pesquisa era desvendar cada etapa da conversão UV-visível, procurando os problemas que diminuíam a capacidade de conversão do material e corrigindo-as uma a uma.
Nos sete anos em que a pesquisa foi desenvolvida, todos os mecanismos de processamento deste tipo de luz foram investigados, para se chegar a um material que fosse realmente diferenciado.
A conversão da luz UV em luz branca é, neste estágio do projeto, extremamente eficiente.
Todo o processo tecnológico é, agora, conhecido e dominado, foi patenteado e já está em negociação com uma empresa para sua colocação no mercado.
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