LG G Flex, o smartphone com tela curvada e flexível (Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo)
Acima de tudo, curioso; esse é o G Flex. Se por um lado, ele é um demonstrativo claro do que a LG é capaz de fazer, por outro ele é um gadget improvável de se ver circulando por aí. Afinal, ele anda na corda bamba entre o incrível e o bizarro. O corpo do aparelho, o que naturalmente inclui a tela, é bastante curvado - uma curvatura muito menos sutil do que sugerem as imagens de divulgação. Além disso, o G Flex é um belo contorcionista: ele pode ser “entornado” com a aplicação de certa força sem causar danos ao sistema como um todo. A boa notícia? Isso provavelmente faz dele um cara muito resistente a quedas.
LG G Flex visto de lado: curvatura acentuada (Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo)
Embora a curvatura faça dele um aparelho que facilmente se ajusta ao rosto no momento de fazer e atender ligações, o uso diário do smartphone é sofrível. Afinal, ele é um foblet, com uma telona HD de 6 polegadas (720 x 1280 pixels). É praticamente impossível operá-lo com uma única mão, mesmo para aqueles com mãos de gigante. A curvatura em nada ajuda o manuseio. Apesar disso, é curioso como a visibilidade em nada é afetada, e a tela OLED se comporta praticamente como a de qualquer outro bom smartphone do mercado, inclusive na rápida resposta ao toque.
Tela do LG G Flex tem resolução HD (Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo)
A traseira do aparelho traz os inconfundíveis botões do G2 nela: o de liga/desliga e os de volume. O material que a compõe também é o mesmo, um grande fã de marcas engorduradas dos dedos. É difícil manter o G2 com o aspecto de limpo. O usado para este teste, aliás, sofreu por aí na mão de jornalistas - e guardou as digitais de cada um deles na tampa traseira.
Traseira do G Flex é semalhante à do LG G2 (Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo)
O processador do G Flex é um quad-core de 2,6 GHz, um Snapdragon da Qualcomm. Com ajuda dos 2 GB de RAM, o aparelho roda o Android 4.2.2 (Jelly Bean) de forma fluida. A versão ainda está ligeiramente distante do 4.4 (KitKat), mas provavelmente há esperança para os compradores do Flex. A atualização para o KitKat ainda não foi confirmada pela LG para o aparelho, mas seria um baita disperdício manter um conjunto de hardware desse nível com um software desatualizado, um filme infelizmente já visto dezenas de vezes com tops de linha por aí.
Foblet LG G Flex é difícil de ser usado com uma só mão (Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo)
O armazenamento interno do aparelho é de 32 GB, mas sem a alternativa de expansão via cartão de memória, já que não há slot microSD. Há duas câmeras, a traseira com 13 megapixels e flash LED e a frontal com 2,1 megapixels. Fecha as especificações a bateria de 3.500 mAh, um número impressionante mesmo para o mundo dos foblets.
LG G Flex: top de linha e jeitão de celular excêntrico (Foto: Fabricio Vitorino/TechTudo)
No fim das contas, o G Flex é um belo top de linha, com um jeitão excêntrico. Parece mais uma prova de fogo do poderio da LG do que um objeto de desejo geral. Mas a companhia certamente conseguiu chamar a atenção do mundo com o lançamento, um concorrente de peso ao Samsung Galaxy Round. Resta saber se o celular vai um dia chegar ao Brasil - e por quanto.
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