sexta-feira, 15 de março de 2013

AMD lança sua nova geração de APUs com alto poder de processamento

A Advanced Micro Devices (AMD) lançou sua nova geração de APUs - tecnologia que une as GPUs Radeon aos processadores da AMD em um único chip. E as expectativas em torno desta nova versão, batizada de Richland, são altíssimas. Os produtos mostram-se competentes ao encarar processadores da Intel, são mais econômicos em termos de energia e, de quebra, trazem novas tecnologias criadas pela AMD.
Fotografia expõe as entranhas de uma APU Richland (Foto: Reprodução)Fotografia expõe as entranhas de uma APU Richland (Foto: Reprodução)
Controles por gestos e alta qualidade na reprodução de vídeo
Um dos pontos mais interessantes das novas APUs é a tecnologia de reconhecimento facial e de interações por gestos, desenvolvida pela AMD. Basicamente, as versões para notebooks das APUs Richland usarão o poder de processamento acumulado das unidades entre CPU e GPU para rodar softwares que reconhecem interações do usuário.
Roberto Brandão, engenheiro da AMD do Brasil, explica: “o fabricante do notebook poderá criar métodos de interação com o usuário que vão dos mais simples, como o uso da webcam para desbloquear o sistema, como os mais complexos, que permitem até comandos por gestos: é o clique sem a necessidade de por o dedo na tela”. Essas tecnologias estarão restritas a modelos com Windows 8 e às APUs mais poderosas.
A ideia é tirar do papel as velhas promessas da “computação perceptual”, divulgadas há anos pela AMD. Interessante notar, também, o posicionamento da fabricante para competir num mercado tomado dos ultrabooks e seus variantes, todos equipados com chips da Intel.
Outro ponto interessante dos Richland são as três novas tecnologias para a reprodução de vídeo: AMD Quick Stream, AMD Steady Video e AMD Perfect Picture HD. O Quick Stream é uma regulagem que identifica quando o computador está ligado à uma HDTV via HDMI e prioriza o processamento e reprodução de vídeo para máxima qualidade. O Steady Video usa algoritmos especiais para estabilizar a reprodução de vídeos, otimizando a qualidade do conteúdo exibido na tela. O Perfect Picture HD realiza, em tempo real, ajustes de desentrelaçamento, saturação de cor e contraste.
Poder de processamento
Há alguns anos que a AMD perde a corrida pelo desempenho para a Intel, seja na linha de APUs, seja entre os processadores FX. Sucessivamente, os processadores da marca rival apresentam desempenho melhor a ponto de tornar o celebrado custo por benefício dos produtos da AMD ameaçados. As coisas parecem estar mudando com as APUs Richland.
De acordo com Roberto Brandão, as novas APUs são unidades que evoluem as características da geração anterior de APUs, a Trinity. “As Richland oferecem bom desempenho para computação do dia a dia, como navegar na Internet, e também para usos que demandem mais poder de processamento, como em jogos”, afirma.
Há muitos usuários que torcem o nariz para as APUs quando o assunto é uso em jogos, mas as novas versões pretendem mudar esse cenário. Em um comparativo, realizado e divulgado pela AMD, uma APU Richland na versão notebook conseguiu superar em 50% um Core i7 da Intel. O comparativo foi estabelecido via 3DMark.
AMD divulgou resultados da comparação com o Core i7 com uma provocação: "mais de 50% em ganho de desempenho em cima de um Core i7 supervalorizado" (Foto: Reprodução)AMD divulgou resultados da comparação com o Core i7 com uma provocação: "mais de 50% em ganho de desempenho em cima de um Core i7 supervalorizado" (Foto: Reprodução)
Roberto Brandão explica que o ganho de desempenho em jogos, por exemplo, foi obtido por uma engenharia simples e inventiva da AMD. Muitos jogos, normalmente, usam apenas um core, um núcleo, da CPU. A AMD criou um recurso, introduzido na arquitetura Bulldozer, que identifica esse tipo de uso prioritário de um core e mobiliza outro núcleo para auxiliar a unidade carregada com o processamento do jogo. Essa tecnologia está em cada uma das versões Richland e deverá empolgar mais o consumidor interessado em rodar games em seus computadores.
“Conseguimos, também, uma redução significativa em termos de consumo de energia. Enquanto, há pouco tempo, o padrão da indústria para alto desempenho chegava a 125 watts, hoje, temos as Richland que em carga máxima batem a casa dos 100 watts”, explica Roberto (esses números se referem às versões para desktops. Unidades para notebooks terão TDP de 35 watts). Em retrospecto, por exemplo, uma APU Trinity em hibernação consumia 5.5 watts e a Richland opera com 5.2.
Interessante observar que, do ponto de vista mais técnico, as novas Richland continuam a ser manufaturadas em 32 nanometros e possuem a mesma contagem de transistores da geração Trinity. Todas as melhorias e refinamentos são fruto de uma evolução natural dos processadores combinados da AMD. “Isso vai permitir que o custo de produção de um notebook seja mantido, uma vez que o fabricante poderá usar os mesmos modelos de referência da geração anterior para fabricar novos produtos com APUs Richland”, garante Roberto Brandão.
Primeiro, para notebooks
Em um primeiro momento, as Richland serão lançadas para notebooks. Os primeiros produtos com a nova geração de APUs estará no mercado brasileiro até o fim do primeiro semestre de 2013. Em termos de portáteis, o processador mais poderoso será o A10 5750M, com clock máximo de 3.5 GHz, quatro núcleos, uma GPU Radeon HD 8650G com 384 núcleos e clock de até 720 MHz. O modelos mais simples será um dual-core: o A4 5150M, de 3.3 GHz, com uma Radeon HD 8350G de 128 núcleos e clock máximo de 720 MHz.
Veja abaixo os quatro modelos da APU Richland:
APU Model TDP  CPU Cores  CPU Clock (Max/Base)
 
AMD Radeon™ Cores
 
GPU Clock (Max/Base)
  
 L2 Cache
 
Max DDR3
 
A10-5750M  35W  4 3.5GHz/ 2.5GHz
 
384  720MHz/ 533MHz
 
4MB  DDR3-1866
 
A8-5550M  35W  4
 3.1GHz/ 2.1GHz
 
 256  720MHz/ 515MHz
 
4MB  DDR3-1600
 
A6-5350M  35W  2
 3.5GHz/ 2.9GHz
 
 192
 720MHz/ 533MHz
 
1MB  DDR3-1600
 
A4-5150M  35W  2 3.3GHz/ 2.7GHz
 
 128
 720MHz/ 514MHz
 
1MB  DDR3-160

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