Fundador da empresa responsável pelo projeto ficou satisfeito com resultados (Foto: Reprodução)
Configurados especialmente para esta missão, os tablets Motorola Xoom
usados no experimento vinham com games de treinamento do alfabeto,
e-books, filmes, desenhos, imagens para colorir e uma enorme variedade
de softwares que as crianças pudessem interagir. O aparelho era
carregado por energia solar, por meio de um aparelho instalado por
técnicos etíopes. Estes, apenas ensinaram as crianças dos vilarejos a
recarregarem os eletrônicos e, uma vez por semana, voltavam ao local
para substituir os cartões de memória dos tablets para analisar os dados
de utilização.No experimento, não há professores para auxiliar o uso dos eletrônicos. Afinal, faltam profissionais até mesmo para o ensino fundamental no país, e isso foi o que também motivou a criação deste projeto. A ideia era deixá-los o mais livre possível. E as primeiras impressões, segundo o fundador da OLPC, Nicholas Negroponte, são bastante interessantes.
Depois de alguns meses de observação, os especialistas explicam que muitas crianças já começaram a cantar a “música do alfabeto”, e até dizem algumas palavras. Um menino que gostou muito do jogo de literatura com animais, em um dia, escreveu a palavra “leão” dentro de um app parecido com o “Paint”, do Windows.
Negroponte destacou que as crianças personalizaram seus tablets com o que mais gostaram e, assim, deram grandes sinais de que podem aprender muita coisa se houver investimento. Obviamente, aprender a ler e escrever desta forma não é fácil e os gastos com isso seriam grandes, porém, ele acredita não ser uma tarefa impossível. O pensamento do pesquisador é ambicioso e ousado. “O que podemos fazer por essas 100 milhões de crianças no mundo que não vão para a escola? Podemos dar esta ferramenta para que eles leiam, sem precisar de escolas, professores, cadernos e tudo mais?”, indagou.
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