Dois robôs humanóides são usados em uma escola da Inglaterra para
ajudar na aprendizagem de alunos autistas na faixa etária de cinco a dez
anos. A experiência, que teve início em março deste ano, tem
demonstrado que as crianças tem mais facilidade em interagir com os
robôs do que com seus professores e colegas de classe.
Os robôs Max e Ben ajudam na educação de crianças com autismo (Foto: Reprodução/BBC)
A escola inglesa Topcliffe Primary, que tem 25% de alunos com autismo, é
a primeira do Reino Unido a receber a tecnologia. Os robôs foram doados
pela fabricante francesa Aldebaran e custam 15 mil euros (cerca de R$
39 mil).
Em entrevista à BBC, o diretor da escola, Ian Lowe, disse que as
crianças autistas têm maior facilidade de interação com os robôs do que
com seus professores. “As crianças que no primeiro momento entram na
escola sem a capacidade de fazer contato visual com os seres humanos
começam a se comunicar através dos robôs”, completou.
Chamados de Max e Ben, os dois robôs são usados para ensinar fonética e
conseguem manter as crianças concentradas com jogos de cartas e jogos
de memória. A diretora do Autism Centre for Education and Research da
Universidade de Birmingham, Karen Guldberg, afirmou que pesquisadores
estudam melhores formas de programar esses robôs para que eles possam
ajudar a desenvolver tanto a interação social das crianças quanto suas
habilidades de comunicação.
Segundo a doutora Guldberg, tal tecnologia poderia funcionar muito bem
em classes regulares também, tendo em vista que, se é possível atender
às necessidades de crianças autistas, então é possível também satisfazer
às necessidades de todas as crianças.
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