A marinha norte-americana encomendou o desenvolvimento daquele que pode
ser, em poucos anos, o navio de guerra mais avançado do mundo. A nova
classe de contratorpedeiros (destroyer no inglês), batizada de Zumwalt,
terá a mais alta tecnologia desde o sistema de propulsão até desenho do
casco dos navios. Passando, claro, pelo armamento. O primeiro navio
deverá ser entregue para testes e provas de mar em 2014. Espera-se que o
navio seja incorporado ao efetivo da marinha norte-americana apenas em
2016.
Novo contratorpedeiro Zumwalt, ou DDG1000, deverá entrar em operação em 2016 (Foto: Reprodução/Naval Technology)
O contrato inicial prevê a construção de três unidades: DDG 1000, 1001 e
1002, que quando entregues, deverão receber nomenclatura oficial. O
projeto é encabeçado por um consórcio de grandes empresas do ramo da
defesa e está alinhado com as novas doutrinas de estratégia militar
naval concebidas pelos Estados Unidos com o fim da União Soviética.
Nesse novo modelo, navios de guerra precisam oferecer a mesma
desenvoltura em operações oceânicas e em ataques a alvos situados na
costa do inimigo.
Para isso os navios da nova classe Zunwalt poderão disparar projéteis
guiados por GPS com alcance de 160 km. Essa larga margem permite que o
navio esteja próximo à costa e ofereça riscos às instalações do inimigo
em terra. Os contratorpedeiros Zumwalt terão também 80 lançadores de
mísseis e metralhadoras de 57 mm, capazes de disparar 220 projéteis por
minuto.
O arsenal é impressionante, mas a tecnologia do navio vai mais além. O
casco tem o aspecto triangular e cheio de ângulos retos para dificultar a
ação dos radares inimigos: a superfície reta e com ângulos pode desviar
com mais sucesso as irradiações dos dispositivos dos adversários.
Para evitar que submarinos o “enxerguem” facilmente no sonar, o Zumwalt
terá propulsão elétrica extremamente silenciosa. Embora a energia do
barco venha de turbinas a gás, são motores elétricos os responsáveis por
mover a embarcação. A opção por motores elétricos elimina um grande
número de engrenagens e eixos de transmissão, que em navios comuns,
geram muito ruído, facilmente identificáveis pelos sonares dos
submarinos.
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