terça-feira, 11 de setembro de 2012

Diana F+ é uma câmera analógica que mistura charme e nostalgia

Câmeras analógicas são objetos raros de se ver por aí hoje em dia. O que não quer dizer, claro, que tenham morrido. A Diana F+, câmera analógica da Lomography, está aí para provar que os filmes fotográficos ainda vivem, têm fãs fiéis e vendem razoavelmente bem.
Diana F+, da Lomography (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Diana F+, da Lomography (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
A Diana F+ é um charme. Colorida e divertida, é difícil não se apaixonar por ela logo de cara. Projetada para ser usada com filmes em formato 120 mm, ainda menos comuns hoje em dia – e mais caros – do que os tradicionais filmes de 35 mm, o grande trunfo do modelo é justamente retomar a fotografia analógica. A máquina traz consigo a expectativa pela revelação do filme a eterna dúvida se a foto ficou boa ou não – dúvida esta que sumiu graças aos displays LCD da era digital.
Trabalhar com a Diana F+ requer treino. Especialmente para quem aderiu ao mundo das fotografias digitais há alguns anos, é necessário um pouco de paciência para retomar a prática do filme. E isso inclui lembrar-se de girar o disco a cada foto batida para evitar sobre-exposições e ter cuidado extra com a quantidade de luz a qual o filme será exposto a cada clique. Por isso, é comum que os usuários iniciantes da Diana F+ se sintam um pouco frustrados ao ver que, no fim das contas, nem todas as imagens saíram como o esperado.
Traseira da Diana F+, com a tampa removida (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Traseira da Diana F+, com a tampa removida (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
Se o visual da câmera é um ponto positivo, o material do qual ela é feita pode ser marcado como o maior contra do modelo. O plástico que a compõe garante uma máquina leve, mas também bastante frágil. Não é difícil imaginar que, após alguns poucos meses de uso, alguém descuidado acumule um bom número de lascas no plástico, e talvez até consiga uma trava da tampa traseira quebrada. Ao menos, podemos dizer que uma queda dificilmente a inutilizaria - o maior risco talvez esteja em danificar a lente.
O flash que acompanha o kit da Diana F+ segue a mesma linha do restante da câmera. Encaixável, o extra funciona com pilhas AA. Depois de ligado e devidamente “carregado”, ele pode ser acionado manualmente, a partir de um botão lateral, ou simplesmente ser disparado automaticamente a cada foto tirada quando encaixado – o que costuma ser a melhor opção. Acompanham ainda o kit alguns filtros, que são pedacinhos de gel colorido que podem ser aplicados ao flash para dar um efeito bacana às fotos.
Diana F+ com o flash, que vem incluído no kit, encaixado (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Diana F+ com o flash, que vem incluído no kit, encaixado (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
A câmera oferece algumas poucas opções de ajustes. É possível optar por quatro modos: o para fotos em dias nublados, o para dias com sol e poucas nuvens, o para dias ensolarados e o pinhole, marcado como "P". Na parte frontal da lente, está o ajuste do foco, com as alternativas para retratos, para objetos a 2 a 4 m de distância e para paisagens. Por último, há dois modos de exposição, o "N" e o "B". O primeiro é o indicado para fotos à luz do dia. Ao pressionar a alavanca de disparo, ele aciona o obturador por aproximadamente 1/60 segundo. Já o "B" é mais indicado para fotos noturnas, uma vez que permite que o obturador se mantenha aberto a gosto do freguês.
Grajaú, Rio de Janeiro (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)Grajaú, Rio de Janeiro. Foto tirada com o filme Color Negative 400 120 (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
Embora o preço da Diana F+ seja bastante acessível – ela é vendida na loja da Lomography por R$ 279, incluindo o flash -, usá-la no dia a dia não é das tarefas mais baratas. O TechTudo testou a câmera com o filme Color Negative 400 120, também da marca, cuja caixa com três custa R$ 49,90. Somado a isso o preço da revelação, hábito cada vez menos comum nos donos de câmeras digitais, mas obrigatório aos amantes das analógicas, a brincadeira acaba saindo mais cara do que trabalhar com uma compacta, por exemplo. Mas vale a pena: a Diana F+ é o Instagram da vida real.

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