Diana F+, da Lomography (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
A Diana F+ é um charme. Colorida e divertida, é difícil não se
apaixonar por ela logo de cara. Projetada para ser usada com filmes em
formato 120 mm, ainda menos comuns hoje em dia – e mais caros – do que
os tradicionais filmes de 35 mm, o grande trunfo do modelo é justamente
retomar a fotografia analógica. A máquina traz consigo a expectativa
pela revelação do filme a eterna dúvida se a foto ficou boa ou não –
dúvida esta que sumiu graças aos displays LCD da era digital.Trabalhar com a Diana F+ requer treino. Especialmente para quem aderiu ao mundo das fotografias digitais há alguns anos, é necessário um pouco de paciência para retomar a prática do filme. E isso inclui lembrar-se de girar o disco a cada foto batida para evitar sobre-exposições e ter cuidado extra com a quantidade de luz a qual o filme será exposto a cada clique. Por isso, é comum que os usuários iniciantes da Diana F+ se sintam um pouco frustrados ao ver que, no fim das contas, nem todas as imagens saíram como o esperado.
Traseira da Diana F+, com a tampa removida (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
Se o visual da câmera é um ponto positivo, o material do qual ela é
feita pode ser marcado como o maior contra do modelo. O plástico que a
compõe garante uma máquina leve, mas também bastante frágil. Não é
difícil imaginar que, após alguns poucos meses de uso, alguém descuidado
acumule um bom número de lascas no plástico, e talvez até consiga uma
trava da tampa traseira quebrada. Ao menos, podemos dizer que uma queda
dificilmente a inutilizaria - o maior risco talvez esteja em danificar a
lente.O flash que acompanha o kit da Diana F+ segue a mesma linha do restante da câmera. Encaixável, o extra funciona com pilhas AA. Depois de ligado e devidamente “carregado”, ele pode ser acionado manualmente, a partir de um botão lateral, ou simplesmente ser disparado automaticamente a cada foto tirada quando encaixado – o que costuma ser a melhor opção. Acompanham ainda o kit alguns filtros, que são pedacinhos de gel colorido que podem ser aplicados ao flash para dar um efeito bacana às fotos.
Diana F+ com o flash, que vem incluído no kit, encaixado (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
A câmera oferece algumas poucas opções de ajustes. É possível optar por
quatro modos: o para fotos em dias nublados, o para dias com sol e
poucas nuvens, o para dias ensolarados e o pinhole, marcado como "P". Na
parte frontal da lente, está o ajuste do foco, com as alternativas para
retratos, para objetos a 2 a 4 m de distância e para paisagens. Por
último, há dois modos de exposição, o "N" e o "B". O primeiro é o
indicado para fotos à luz do dia. Ao pressionar a alavanca de disparo,
ele aciona o obturador por aproximadamente 1/60 segundo. Já o "B" é mais
indicado para fotos noturnas, uma vez que permite que o obturador se
mantenha aberto a gosto do freguês.
Grajaú, Rio de Janeiro. Foto tirada com o filme Color Negative 400 120 (Foto: Isadora Díaz/TechTudo)
Embora o preço da Diana F+ seja bastante acessível – ela é vendida na
loja da Lomography por R$ 279, incluindo o flash -, usá-la no dia a dia
não é das tarefas mais baratas. O TechTudo testou a
câmera com o filme Color Negative 400 120, também da marca, cuja caixa
com três custa R$ 49,90. Somado a isso o preço da revelação, hábito cada
vez menos comum nos donos de câmeras digitais, mas obrigatório aos
amantes das analógicas, a brincadeira acaba saindo mais cara do que
trabalhar com uma compacta, por exemplo. Mas vale a pena: a Diana F+ é o
Instagram da vida real.
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