quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Como funcionam os radares de trânsito?

Quem gosta de dirigir pelas estradas e avenidas das principais cidades, eventualmente, precisa redobrar a atenção e ficar de olho na indicação do velocímetro para não passar pelos radares de trânsito com velocidade acima da permitida. Mas como funciona esse aparelho e como ele detecta a velocidade do seu carro?
Radares
Grandes antenas são necessárias para o monitoramento de uma grande área (Foto: Reprodução)Grandes antenas são necessárias para o monitoramento de uma grande área (Foto: Reprodução)
Basicamente, um radar é um dispositivo eletrônico que enxerga um tipo diferente de luz, a radiação eletromagnética. Criados na Segunda Guerra Mundial, e adaptando a maneira pela qual morcegos enxergam no escuro, eles funcionam da seguinte maneira: emitem um pulso eletromagnético em todas as direções e esperam o retorno do pulso quando este encontra alguma superfície capaz de refleti-lo.

Quando uma antena emite um desses pulsos e ele encontra, por exemplo, a fuselagem de um avião, ele retorna ao emissor com a informação necessária da posição do objeto. No retorno do pulso seguinte, será capaz de calcular a diferença entre as posições iniciais e finais do objeto. Com o tempo que o avião do nosso exemplo levou para percorrer essa distância, é possível estimar, com grande precisão, a sua velocidade.
Essa emissão de luz e o reflexo explicam o porquê de aviões "stealth" terem formatos tão esquisitos. A fuselagem com ângulos retos evita que o avião reflita as ondas do radar e, por conta disso, ele acaba invisível ao operador do aparelho.
Nas ruas
Os temidos "pardais" são os radares mais comuns nas vias urbanas (Foto: Reprodução)Os temidos "pardais" são os radares mais comuns
nas vias urbanas (Foto: Reprodução)
Esses sensores adaptam o funcionamento do radar de voo, explicado anteriormente. Eles criam um campo eletromagnético no pavimento e que reage com os automóveis, construídos com materiais ferromagnéticos, quando eles passam por ele.
No exemplo, quando o carro passa pelo primeiro sensor, ele dá início ao processo de aferição da velocidade. Ao chegar no segundo sensor, o computador do radar já dispõe de informações necessárias para calcular a velocidade do deslocamento daquele carro em específico (distância por tempo = velocidade).
O terceiro sensor no asfalto é usado apenas para confirmação das medições. Na hipótese de que o motorista tenha atravessado os dois primeiros sensores em velocidade superior à permitida para aquela via, o terceiro sensor é acionado para captar novamente a velocidade e confirmar a infração. Só aí a câmera fotográfica é acionada para registrar a placa do carro. Com tudo isso pronto, os dados são enviados às empresas e autoridades, que disparam as multas.
Nas estradas
Radares móveis funcionam como os modelos militares e metereológicos (Foto: Reprodução)Radares móveis funcionam como os modelos
militares e metereológicos (Foto: Reprodução)
Se o modelo urbano e fixo tem um funcionamento mais passivo, ele espera o deslocamento do carro para gerar dados e captar infratores, o radar móvel usado por policiais assemelha-se muito mais aos radares militares e de controle de voo.
Quando o policial mira o dispositivo de mão em direção a um carro, na verdade, ele está efetivamente disparando ondas de rádio naquela direção. Os tempos de disparo entre um feixe de ondas e o outro são sempre constantes, mas o tempo de retorno, quando o carro se move, não. Caso o carro esteja descendo a rodovia em alta velocidade, o retorno das ondas de rádio para o radar pistola do policial será diferente e dará condições ao equipamento de calcular uma velocidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário