terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Como as novas tecnologias vão mudar a TV que conhecemos

Até há pouco tempo considerada veículo de prostração involuntária, os aparelhos televisores estão ganhando novos recursos e pode ser que deixem o título para eletrodomésticos menos requisitados, como uma máquina de pão, por exemplo.

Há iniciativas para desenvolver um mercado de internet na TV pipocando por todos os cantos. Elas, entretanto, esbarram em questões de conteúdo e, ainda mais complicado, suporte.

Google TV (Foto: Reprodução) 
Google TV (Foto: Reprodução)
 
Mudando o suporte

O suporte da TV você já conhece. É aquele aparelho que você involuntariamente liga por um botão e que acaba prendendo sua atenção, de uma forma ou de outra. Não se incomode caso você seja viciado em televisão, o aparelho é fonte de entretenimento para a maior parte da população. No entanto, caso a proposta da Google TV saia do papel e vá para a avenida, pode ser que aquele rótulo incômodo de "veículo passivo" fique um pouco de lado.

Basicamente, a Google TV é um computador criado para ser conectado em televisores e dar acesso ao mundo maravilhoso da Internet. Para tanto, foi construída pensando na usabilidade. Assim, ela tem muito mais entradas e saídas que seu velho videocassete Panasonic, integração com telefones e um teclado especial para usar no sofá.

Lindo. Se não fosse tão parecida com a Apple TV, sua concorrente que patina no mercado por conta de falta de conteúdo. Coisa que, honestamente, não requer um aparelho desses para ser consumido.

Conteúdo é rei

As pessoas assistem TV pelo conteúdo. Ok, essa você já sabia. Mas o ponto importante é que ele precisa ser entregue para o consumidor. Hoje os serviços de streaming já estão começando a dominar a entrega de conteúdo mesmo antes do Google conseguir colocar no mercado seu gadget miraculoso.
Antes mesmo da Netflix abrir sua tão esperada filial tupinambá, há vários serviços de streaming à disposição. Muitos já instalados de fábrica nas televisões mais novas.

Problemas como a briga entre a Netflix e a distribuidora Starz, que ameaça tirar de catálogo títulos da Sony, Walt Disney e Touchstone, devem ser pontuais. Aliás, mesmo que a Netflix deixe de existir amanhã, outra empresa irá ocupar o espaço.

Netflix no Brasil (Foto: Reprodução) 
Netflix no Brasil (Foto: Reprodução)
 
Não há volta. O consumidor quer o conteúdo e quer agora.

No Brasil há uma tendência bem interessante que deve acelerar o crescimento dos serviços de streaming. Trata-se da troca das televisões antigas por novas com suporte à TV digital. Boa parte das mais novas já vêm com telas especiais para acessar conteúdos em streaming. Até 2014, boa parte dos lares de classe média brasileiros terão um aparelho como a SmartTV.

Em 2014 tem Copa do Mundo, o que geralmente aquece a procura por televisores. Se é para trocar, por que não escolher uma com acesso à Internet?

Isso sem falar nos planos de popularizar ainda mais os serviços de banda larga. Hoje já são cerca de 14 milhões de pontos conectados a alta velocidade.

Adeus passividade

Com TVs cada vez mais potentes e versáteis, as possibilidades de entrega de conteúdo se ampliam. Não estamos mais falando de filmes, séries ou novela. Usuários podem querer instalar aplicativos em sua smarttv (ou seria espertotelevisão?). Já passando um pouco à frente, o pessoal do Opera anunciou que deve inaugurar uma loja de aplicativos para televisões. O que será que ainda vem por aí?

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