Kasparov empata o jogo com Deep Blue Jr, em 2003
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Kasparov empata o jogo com Deep Blue Jr, em 2003, na terceira disputa com um supercomputador
Em 1997, o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov jogou uma série de seis partidas em nova competição contra o supercomputador Deep Blue. Um ano antes, Kasparov havia derrotado Deep Blue, vencendo por 3 a 1(três vitórias, uma derrota e dois empates). Durante a nova competição, Kasparov venceu o primeiro jogo, mas começou a jogar com esforço. Deep Blue acabou vencendo desta vez. com um placar de 2 a 1 (duas vitórias, uma derrota e três empates). Em 2003, Kasparov repetiu a disputa, desta vez com o supercomputador Deep Blue Jr, criado especialmente para o jogo, que terminou empatado em 3 x 3.
A derrota de Kasparov no segundo jogo e o empate no terceiro foram um sinal de que os computadores se tornaram mais inteligentes que as pessoas? É verdade que os computadores podem realizar cálculos num ritmo alucinante. O supercomputador Jaguar atinge a velocidade máxima de 2,33 petaflops - ele pode realizar mais de 2 quadrilhões de cálculos por segundo [fonte: National Center for Computational Sciences]. Para efeito de comparação, Hans Morvec, do Instituto de Robótica da Universidade Carnegie Mellon, estima que a velocidade de processamento do cérebro humano é de cerca de 100 teraflops - ou 100 trilhões de cálculos por segundo [fonte: Delio]. Claramente, computadores já podem fazer cálculos mais rápido que os humanos. Mas eles são mais inteligentes?
Há muito mais na inteligência do que velocidade de processamento. Embora um supercomputador como o Jaguar possa analisar problemas e chegar a uma solução mais rápido que os humanos, ele não pode se adaptar e aprender da mesma forma que nós. Nossos cérebros são capazes de analisar situações novas e inesperadas de um jeito que os computadores não podem. Podemos usar nossas experiências passadas e inferir sobre a nova situação. Podemos experimentar diferentes abordagens até encontrar a melhor forma de seguir adiante. Computadores não são capazes de fazer isso - você tem de dizer-lhes o que fazer.


Os humanos também são muito bons em reconhecer padrões. Embora estejamos fazendo progressos no reconhecimento de padrões por máquina, ainda é em um nível superficial. Por exemplo, algumas câmeras digitais podem reconhecer rostos específicos e, automaticamente, classificar as fotos enquanto você as tira. Mas os humanos podem reconhecer padrões complexos e adaptar-se a eles - computadores ainda têm problemas para fazer isso.Atualmente, os computadores não conseguem processar a inteligência. Mas será sempre assim?