Pequenas tubulações de cobre levam a água quente que resfria o SuperMUC (Foto: Reprodução)
Computadores refrigerados com água não são novidade e já estão na casa
dos gamers mais abonados. A inovação, neste caso, é usar água quente. A
tecnologia foi batizada de Aquasar pela IBM e funciona adotando um
princípio físico conhecido como Efeito Mpemba: em resumo, ele atesta que
a água tem maior capacidade de troca de calor quando aquecida, do que
quando fria.O sistema de refrigeração funciona como um radiador de um automóvel: uma porção de água é bombeada em grelhas que envolvem os processadores do SuperMUC. Depois que a água toma calor dos processadores, ela é bombeada para fora dos microtubos que recobrem os quase 20 mil núcleos Xeon.
O resultado é uma máquina que não passa de 80° Celsius e consome muito menos energia: além de não aquecer demais, o SuperMUC dispensa grandes e caros sistemas de ar condicionado. No inverno, o SuperMUC vai ajudar a aquecer o edifício onde está localizado. A água quente que sair do computador será canalizada para os aquecedores do edifício e a IBM estima uma economia de US$ 1,25 milhão em eletricidade nos meses de frio.
Sistemas de refrigeração a água em computadores funcionam como os radiadores de um carro (Foto: Reprodução)
O SuperMUC tem três petaflops de capacidade (é o equivalente a 110 mil
computadores pessoais), o que o faz o supercomputador mais poderoso de
toda a Europa. Construído com 18.432 processadores Xeon, a máquina foi
criada para trabalhar em pesquisas científicas.
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