Por ter um código mais restrito e não ser a plataforma com maior base de usuários, o iOS consegue se manter mais distante dos hackers do que o Android. Com isso, o sistema operacional do Google detém quase a totalidade dos malwares e vírus já detectados, em comparação com o da Apple.
Em 2012, um trojan disfarçado de aplicativo passou pelo crivo da Apple, ficou disponível para download na App Store e infectou usuários antes de ser detectado e apagado. Com o nome Find and Call, ele serviria para simplificar a agenda de contatos, mas, na verdade, enviava sua lista de pessoas para um servidor externo e, então, compartilhava spam com todos por meio de um link.
Outro caso conhecido ocorreu com o desenvolvedor Charlie Miller. Ele escreveu uma aplicação maliciosa que permitia a injeção de códigos mal intencionados no aparelho depois de instalado. O problema foi detectado pela Apple e Charlie foi expulso do programa de desenvolvedores. Apesar disso, o fato ganhou notoriedade por ter mostrado que o mecanismo de verificação da Apple pode falhar.
Há, inclusive, casos de hackeamento de iPhones e iPads com jailbreak por meio de redes WiFi abertas, pelo fato do sistema ficar mais vulnerável após o desbloqueio.
A própria Apple se exime de responsabilidade nesses casos. Apesar do procedimento de jailbreak ser legal nos EUA, o dono do aparelho perde a garantia de fábrica.
Problema à vista
O Eugene Kaspersky, fundador e CEO da desenvolvedora de software de segurança de mesmo nome, alertou os usuários do sistema sobre a temática, em entrevista no passado. Mesmo com as dificuldades em se criar vírus ou malwares que funcionem no iOS, o CEO destacou que deve haver uma constante atenção da Apple e de seu público.
“O cenário mais perigoso é com iPhones. Apesar de ser improvável, pelo fato do iOS ser um sistema operacional fechado, há uma vulnerabilidade, como todo o sistema. Se isso for descoberto, na pior das hipóteses, milhões de dispositivos serão infectados e não haverá antivírus, porque as empresas voltadas para o ramo não têm como desenvolver segurança de ponta [para o iOS]”, disse o executivo para o Wall Street Journal.
Outra grande diferença entre sistemas fechados, como o iOS, e abertos, com o Android, é a resposta da comunidade de desenvolvedores a problemas. Para Kaspersky, quando hackers conseguirem um meio de entrar no iOS, o problema levará muito mais tempo para ser resolvido pois o grupo de pessoas com acesso ao sistema da Apple se limita aos funcionários da empresa. A tendência, portanto, é que o estrago seja grande.
iPhones e iPads não estão livres de vírus, especialmente usuários que realizaram jailbreak (Foto: Reprodução/Readwrite)
Para muitos usuários, portanto, a Apple
é sinônimo não só de qualidade, mas, sobretudo, de segurança. Sob
qualquer circunstância, a empresa procura sempre posicionar seu sistema
como impenetrável. Será que isso é mesmo possível?Em 2012, um trojan disfarçado de aplicativo passou pelo crivo da Apple, ficou disponível para download na App Store e infectou usuários antes de ser detectado e apagado. Com o nome Find and Call, ele serviria para simplificar a agenda de contatos, mas, na verdade, enviava sua lista de pessoas para um servidor externo e, então, compartilhava spam com todos por meio de um link.
Outro caso conhecido ocorreu com o desenvolvedor Charlie Miller. Ele escreveu uma aplicação maliciosa que permitia a injeção de códigos mal intencionados no aparelho depois de instalado. O problema foi detectado pela Apple e Charlie foi expulso do programa de desenvolvedores. Apesar disso, o fato ganhou notoriedade por ter mostrado que o mecanismo de verificação da Apple pode falhar.
Trojan
disfarçado de aplicativo conseguiu passar pela inspeção da Apple e
ficou disponível para download na App Store (Foto: Reprodução/Kaspersky)
Hoje, é possível que um vírus infecte iPhones e iPads, mas o software
deve conseguir passar pela rigorosa inspeção da App Store. O problema,
no entanto, é maior para donos de aparelhos com jailbreak, o desbloqueio
que permite instalar aplicativos de fora da loja oficial da Apple,
tornando esses usuários mais suscetíveis a infecções.Há, inclusive, casos de hackeamento de iPhones e iPads com jailbreak por meio de redes WiFi abertas, pelo fato do sistema ficar mais vulnerável após o desbloqueio.
A própria Apple se exime de responsabilidade nesses casos. Apesar do procedimento de jailbreak ser legal nos EUA, o dono do aparelho perde a garantia de fábrica.
Problema à vista
O Eugene Kaspersky, fundador e CEO da desenvolvedora de software de segurança de mesmo nome, alertou os usuários do sistema sobre a temática, em entrevista no passado. Mesmo com as dificuldades em se criar vírus ou malwares que funcionem no iOS, o CEO destacou que deve haver uma constante atenção da Apple e de seu público.
“O cenário mais perigoso é com iPhones. Apesar de ser improvável, pelo fato do iOS ser um sistema operacional fechado, há uma vulnerabilidade, como todo o sistema. Se isso for descoberto, na pior das hipóteses, milhões de dispositivos serão infectados e não haverá antivírus, porque as empresas voltadas para o ramo não têm como desenvolver segurança de ponta [para o iOS]”, disse o executivo para o Wall Street Journal.
Outra grande diferença entre sistemas fechados, como o iOS, e abertos, com o Android, é a resposta da comunidade de desenvolvedores a problemas. Para Kaspersky, quando hackers conseguirem um meio de entrar no iOS, o problema levará muito mais tempo para ser resolvido pois o grupo de pessoas com acesso ao sistema da Apple se limita aos funcionários da empresa. A tendência, portanto, é que o estrago seja grande.
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