quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Brasileira desenvolve conceito de impressora 3D de comida

A falta de tempo foi o principal motivo para a designer brasileira, Luiza Silva, criar uma impressora 3D de comida. Com codinome de Atomium, o produto usa identificação biométrica para reconhecer o perfil do usuário e acessar seus dados pessoais, tais como o exame médico e atividades diárias, se ele faz exercícios ou é sedentário, e que podem influenciar o equilíbrio nutricional da pessoa.
Atomium, impressora de comida 3D (Foto: Reprodução/ yankodesign)Atomium, impressora de comida 3D (Foto: Reprodução/yankodesign)
Se a ideia parece saída de um filme de ficção, seu objetivo não é novo: comer bem, e de forma prazerosa. Não por acaso, o Atomium “imprime” alimentos considerando o sabor e a forma que mais agradam ao usuário, e escolhe os ingredientes mais nutritivos para cada refeição.
A pesquisa para compôr o painel nutricional do Atomium foi intensa, e a designer descobriu que todos os alimentos são compostos de 20 tipos, que vão da proteína, ao potássio e zinco. Assim, o preparo seria feito baseado nesses tipos.
Luiza Silva, brasileira que desenvolveu o Atomium (Foto: Reprodução/ electroluxdesignlab) (Foto: Luiza Silva, brasileira que desenvolveu o Atomium (Foto: Reprodução/ electroluxdesignlab))Luiza Silva, brasileira que desenvolveu o Atomium
(Foto: Reprodução/electroluxdesignlab)
Segundo Luiza, a ideia nasceu de uma previsão pessimista sobre o futuro das famílias. “Eu identifiquei um problema com as famílias, delas não serem capazes de encontrar espaço para atividades pessoais.” A designer imagina que o trabalho vai consumir a vida dos pais, e por isso seus filhos podem não ter um acompanhamento adequado para aprender a se alimentar.
De acordo com o conceito do projeto, o objetivo é trazer mais interação entre a família na hora das refeições, já que a facilidade em prepará-las e a satisfação em comer aquilo que você mais gosta, faz a cozinha ser um ambiente convidativo para todo mundo.
A designer já experimenta o sabor de sua invenção. “Eu posso imaginar voltar para casa depois do trabalho e indo para a cozinha, onde eu iria encontrar Atomium e ter acesso a informações sobre o alimento que foi preparado hoje. Ele me permitiria ver o que meu filho criou e comeu, incluindo o sabor, valor nutricional e a forma. Durante a semana eu provavelmente prepararia comida para a família sozinha, mas no fim de semana, criar refeições saudáveis e criativas com a família no Atomium ia ser bem divertido”.
Primeiros rascunhos do Atomium (Foto: Reprodução/ electroluxdesignlab) Primeiros rascunhos do Atomium (Foto: Reprodução/ electroluxdesignlab)
Para se chegar a versão final do que antes era apenas uma ideia maluca, Luiza fez pesquisas com 40 crianças (entre 5 e 10 anos) em duas escola no Brasil. “Eu queria saber sobre o que eles pensavam sobre o futuro de cozinhar”, conta a designer. A reação delas foi o ingrediente que faltava.
Dividas em grupos, elas foram submetidas a um teste simples: comer um sanduíche. o grupo que comeu um sanduíche em forma de carrinhos, e bonecas não se importou por nele conter verduras, por exemplo, a inimiga mortal de qualquer criança. “As crianças são motivadas a comer quando a comida e o contexto da refeição são brincalhões. Eles pararam de pensar em como eles não gostavam de frutas e verduras, mesmo quando nunca tinha experimentado isso antes”, concluiu Luiza. As crianças também responderam que no futuro, acham que tudo será feito por controle remoto.
Impressora de alimentos 3D foi desenvolvida por brasileira (Foto: Reprodução/ electroluxdesignlab)Impressora de alimentos 3D foi desenvolvida por brasileira (Foto: Reprodução/ electroluxdesignlab)
A paixão pelo design de Luiza a fez enxergar um futuro mais virtual, mas nem por isso artificial, porque a base de sua inovação é bastante atual. “O Atomium transforma o processo de refeição em seu real significado: preservar a integração da família”.
O projeto “bom de prato” é semifinalista do Electrolux Design Lab.

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