sexta-feira, 4 de abril de 2014

Smartphones são tendência para substituir controle remoto de brinquedos

O conceito é simples – controlar objetos pelos sinais do smartphone – mas a tendência no mundo dos brinquedos ainda é nova. Andando por entre os estandes da feira de brinquedos Abrin, que ocorre ao longo desta semana em São Paulo, fica claro que a moda está vindo para ficar.
Empresas como HappyCow e BeeWi, lideram a transição dos desajeitados controles remotos dedicados para os celulares e tablets, e ambas contam diversas estratégias para fazer isso funcionar. Alguns brinquedos usam o sinal Bluetooth, outros funcionam pela rede Wi-Fi, alguns até mesmo vão pelo velho sistema do infra-vermelho.

O i-helicoptero air, da HappyCow, é um dos muitos veículos que trocaram o velho controle remoto dedicado por um smartphone (Foto: Renato Bazan/TechTudo)O i-helicoptero air, da HappyCow, é um dos muitos veículos que trocaram o velho controle remoto dedicado por um smartphone (Foto: Renato Bazan/TechTudo)

A lista abaixo conta com algumas das descobertas do TechTudo durante a feira, todas envolvendo smartphones e movimentação. Todos os brinquedos estão ou estarão disponíveis no Brasil até o meio do ano, com preços que variam de R$150 a R$500. O destaque especial fica para o bonequinho, ao final, que deve render boas risadas.
Happy Cow iUFO
iUFO, da Happy Cow. Perfeito para iniciantes e com um estranho emissor infra-vermelho  (Foto: Renato Bazan/TechTudo)iUFO, da Happy Cow. Perfeito para iniciantes e com um estranho emissor infra-vermelho (Foto: Renato Bazan/TechTudo)

O iUFO não é nada imediatamente reconhecível: não é um helicóptero, nem aviãozinho, nem uma bola. Como a própria fabricante explica, é um “bola voadora segura”. A descrição faz bastante sentido quando se percebe as hastes que isolam suas hélices do entorno. Em conjunção com seu plástico altamente flexível, ele é tornado perfeito para iniciantes na arte de voar miniaturas.
Com aproximadamente 20 centímetros de diâmetro, o aparelho é controlado por dispositivos iOS de uma forma muito diferente: em vez de ondas de rádio, ele vem com um adaptador-emissor de infra-vermelho que o usuário deve ligar na entrada P2 do tablet ou celular. Como se fossem fones de ouvido, mas que emitem luz em vez de som. Ele pode ainda servir de carregador para o iUFO, se equipado com seis pilhas AA. Caso contrário, a navezinha carrega por uma hora na tomada para ter autonomia de sete minutos de vôo. Parada, porém, ela permanece no ar por até 20 minutos.
O iUFO tem três bandas selecionáveis, que garante até três dessas engenhocas voando no mesmo ambiente, e elas permanecem estáticas no ar quando não recebem nenhum comando (parecem mesmo uma nave alienígena, nesse momento). Infelizmente, elas podem voar apenas até oito metros de distância antes de terem o sinal cortado, o que limita um pouco a brincadeira.
Seu aplicativo é encontrado gratuitamente na AppStore. Atenção: ele não funciona com aparelhos Android.
Furby Boom, da Hasbro
O bicho de pelúcio Furby Boom, da Hasbro, é na verdade um complexo bichinho virtual (Foto: Renato Bazan/TechTudo)O bicho de pelúcio Furby Boom, da Hasbro, é na verdade um complexo bichinho virtual (Foto: Renato Bazan/TechTudo)

A mistura de bichinho virtual com boneco de pelúcia soa óbvia, quando proposta. Um aplicativo similar ao popular Pou, para iOS e Android, funciona como um centro de controle de necessidades e brincadeiras, enquanto o boneco de pelúcia a ele conectado representa todas as sensações que o bichinho sente ao ser (ou não) bem tratado. Essa é a ideia por trás do Furby Boom, da Hasbro.
As necessidades do boneco são as de sempre: carinho, comida, higiene, sono e saúde. De diferente, o aplicativo gera “filhotes” conforme o Furby se torna mais velho, chamados de Furblings. É possível acumular até 50 desses bichinhos, cada um com sua cor e personalidade, e brincar com eles também.
O boneco em si impressiona, mesmo sendo movido a pilha. Apesar de parecer apenas uma pelúcia numa olhada rápida, ele logo revela motores espalhados por todo o corpo, mexendo barriga, orelhas, pés, pálpebras e rabo, além de dois painéis de LCD no lugar dos olhos que o permitem expressar muitas emoções diferentes. Essas emoções acontecem independente do aplicativo, por causa de uma série de sensores espalhados em pontos do corpo do Furby, mas se tornam mais pronunciadas quando o boneco entra em contato com o aplicativo, que lhe transmite suas necessidades em tempo real.
Conforme o tratamento cumulativo do bichinho – virtual e físico -, ele passa a responder com mais ou menos interesse e carinho ao seu dono, com humores ariscos e amáveis. Quem não estiver a fim de papo ficará feliz em saber que ele pode ser, sim, desligado, mas o faz “entrando em hibernação”: é preciso puxar seu rabo por 10 longos segundos para que ele, lentamente, comece a pegar no sono, numa das animações robóticas mais orgânicas já construídas em um brinquedo. Ao estimulá-lo o suficiente, ele volta à vida.
Para os interessados, o Furby Boom estará no Brasil a partir do dia 1º de maio, custando R$399. O aplicativo para iOS e Android consegue se conectar a três bonecos de uma vez e é gratuito.
BeeWi SmartToys
Os "SmartToys" da BeeWi, como a empresa os chama, são miniaturas aprovadas pelos fabricantes de carros  (Foto: Renato Bazan/TechTudo)Os "SmartToys" da BeeWi, como a empresa os chama, são miniaturas aprovadas pelos fabricantes de carros (Foto: Renato Bazan/TechTudo)

Seguindo a tendência que existe hoje no mundo de brinquedos inteligentes, a Beewi criou uma linha com 14 modelos miniatura de carros famosos e helicópteros, todos conectados a seus smartphones via BlueTooth. Primeiramente, há três modelos de carros diferentes, sendo eles Fiat 500, Mini Cooper e Mini Coupê. Os carros são controlados pelo app BeeWi Control Pad, disponível para aparelhos com Android, iOS ou Windows Phone e, justamente por este motivo vêm em duas cores para cada modelo – vermelho para os compatíveis com a Apple, demais cores para que prefere a Google.
Os carros necessitam de três pilhas modelo AA para rodar, alojadas num compartimento no lado inferior, e possuem dois métodos de controle: o “método tático”, que é controlado diretamente pelo touch screen do aparelho, e o método convencional, controlado pela inclinação do seu aparelho. O alcance do bluetooth é de 15 metros intermitentes e, segundo a empresa, as miniaturas podem atingir velocidade bem acima do padrão para esse tipo de brinquedo.
Já os helicopteros Bluetooth vêm em dois modelos: Storm Bee e Sting Bee. Diferente dos carros, eles possuem bateria de lítio para até 10 minutos de autonomia e vôo. A diferença entre os dois, basicamente, é um sistema de “combate” entre dois helicópteros possibilitado pelo Sting Bee, que usa um pequeno laser para simular um ataque em outro modelo similar. Vale ressaltar que, nesse caso, o receptor do laser para cada lado necessita duas pilhas AA. Ambos os modelos possuem alcance de 20 metros intermitentes. Como os carros, eles podem ser controlados pelo “método tático” ou pelo tradicional. O aplicativo para estes é o BeeWi Heli Pad.
Em todos os casos, os aplicativos de controle podem ser baixados gratuitamente na App Store, na Google Play ou na loja do Windows Phone.
BeeWi Buggy ScaraBee
Com retorno de imagem constante, o ScaraBee traz uma nova experiência ao controle de miniaturas (Foto: Renato Bazan/TechTudo)Com retorno de imagem constante, o ScaraBee traz uma nova experiência ao controle de miniaturas (Foto: Renato Bazan/TechTudo)

Diferente do resto de sua família, o Buggy ScaraBee é um produto que inova ao dispensar o sinal Bluetooth, muitas vezes lento demais para uma comunicação veloz de controle remoto. Sua alternativa se dá por uma conexão Wi-Fi permanente, emanada de um roteador interno do buggy. Ele é basicamente um roteador sobre rodas. Mais importante, o ScaraBee possui uma câmera VGA na parte frontal que captura ao vivo a imagem e transmite diretamente para o aparelho que o está controlando, além de dispor de filmagem com duração máxima de 60 segundos. É possível também tirar fotos com a câmera do carrinho, que são salvas diretamente na biblioteca do celular.
Fora isso, ele é um carrinho bem incrementado: com alcance de 30 metros, tem motor veloz e fácil dirigibilidade, mas sua carcaça superior – o que o faz de fato parecer um carro – é fajuta, bem diferente de sua porção de engenharia. Ele traz uma bateria recarregável em sua parte inferior NiMH 7.2V, que possui até 30 minutos de duração contínua. Como todos os produtos da BeeWi, ele possui dois métodos de controle: o “método tático”, que é controlado diretamente pelo touch screen do aparelho, e o convencional, controlado pela inclinação.
Robozinho Kick Bee
Para sumô, corrida ou futebol de botões, o Kick Bee é uma opção diferente entre os veículos remotos (Foto: Renato Bazan/TechTudo)Para sumô, corrida ou futebol de botões, o Kick Bee é uma opção diferente entre os veículos remotos (Foto: Renato Bazan/TechTudo)


Também da BeeWi, o Kick Bee é um dos primeiros a misturar os conceitos da robótica e controle via touchscreen fora do ambiente de locomoção. A inovação em si vem do novo método para jogar futebol de botão ou “sumô” com o pequenino, pois seus controles a distância mexem tanto com o movimento das rodas quanto dos seus braços. Esses se movimentam para cima e para baixo, num traçado perfeito para ejetar botões ou desestabilizar outros robozinhos. O seu sinal de Bluetooth permanece intermitente por até 15 metros, e sua alimentação é feita por duas pilhas AAA. As pilhas duram em torno de oito horas em contínua utilização.

Como no caso dos SmartToys, seu comando no celular tem duas interfaces: a “tática” e a tradicional, a gosto do freguês. Sua embalagem engloba uma bolinha de futebol, uma trave e um campo para brincar, além do kick bee. Como extra, a BeeWi inclui kits com adesivos numéricos e outros símbolos para que sejam colados no robô. Seu aplicativo, BeeWi BotPad, para iOS ou Android, é gratuito.

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