Acima de tudo, curioso; esse é o G Flex. Se por um lado, ele é um demonstrativo claro do que a LG é capaz de fazer, por outro ele é um gadget improvável de se ver circulando por aí. Afinal, ele anda na corda bamba entre o incrível e o bizarro. O corpo do aparelho, o que naturalmente inclui a tela, é bastante curvado - uma curvatura muito menos sutil do que sugerem as imagens de divulgação. Além disso, o G Flex é um belo contorcionista: ele pode ser “entornado” com a aplicação de certa força sem causar danos ao sistema como um todo. A boa notícia? Isso provavelmente faz dele um cara muito resistente a quedas.
Embora a curvatura faça dele um aparelho que facilmente se ajusta ao rosto no momento de fazer e atender ligações, o uso diário do smartphone é sofrível. Afinal, ele é um foblet, com uma telona HD de 6 polegadas (720 x 1280 pixels). É praticamente impossível operá-lo com uma única mão, mesmo para aqueles com mãos de gigante. A curvatura em nada ajuda o manuseio. Apesar disso, é curioso como a visibilidade em nada é afetada, e a tela OLED se comporta praticamente como a de qualquer outro bom smartphone do mercado, inclusive na rápida resposta ao toque.
A traseira do aparelho traz os inconfundíveis botões do G2 nela: o de liga/desliga e os de volume. O material que a compõe também é o mesmo, um grande fã de marcas engorduradas dos dedos. É difícil manter o G2 com o aspecto de limpo. O usado para este teste, aliás, sofreu por aí na mão de jornalistas - e guardou as digitais de cada um deles na tampa traseira.
O processador do G Flex é um quad-core de 2,6 GHz, um Snapdragon da Qualcomm. Com ajuda dos 2 GB de RAM, o aparelho roda o Android 4.2.2 (Jelly Bean) de forma fluida. A versão ainda está ligeiramente distante do 4.4 (KitKat), mas provavelmente há esperança para os compradores do Flex. A atualização para o KitKat ainda não foi confirmada pela LG para o aparelho, mas seria um baita disperdício manter um conjunto de hardware desse nível com um software desatualizado, um filme infelizmente já visto dezenas de vezes com tops de linha por aí.
O armazenamento interno do aparelho é de 32 GB, mas sem a alternativa de expansão via cartão de memória, já que não há slot microSD. Há duas câmeras, a traseira com 13 megapixels e flash LED e a frontal com 2,1 megapixels. Fecha as especificações a bateria de 3.500 mAh, um número impressionante mesmo para o mundo dos foblets.
No fim das contas, o G Flex é um belo top de linha, com um jeitão excêntrico. Parece mais uma prova de fogo do poderio da LG do que um objeto de desejo geral. Mas a companhia certamente conseguiu chamar a atenção do mundo com o lançamento, um concorrente de peso ao Samsung Galaxy Round. Resta saber se o celular vai um dia chegar ao Brasil - e por quanto.
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