O bioquímico Daniel Nocera anunciou na última semana a mais nova versão
de uma interessante fonte de energia limpa, a “folha artificial”.
Copiando a fotossíntese realizada pelas plantas, a invenção funciona
transformando a luz do sol e a água em energia.
A folha artificial (Foto: Reprodução/ Mashable)
Feita em uma estrutura de silício na forma de uma pastilha, a “folha
artificial” funciona dentro de um tanque de água separando o hidrogênio
do oxigênio, e armazenando-o em uma célula de combustível. Desta forma,
uma única pastilha destas pode gerar até 100 watts de energia em tanque
com um litro de água de forma contínua, 24 horas por dia.
Lançado em 2011 pelo próprio Nocera, o primeiro modelo da “folha
artificial” só conseguia gerar energia se utilizasse água limpa –
recurso é tão ou mais essencial do que a necessidade de produzir
bioenergia. No entanto, a recém-lançada versão da pastilha de silício
foi melhorada podendo realizar seu processo utilizando água impura e
realizando uma espécie de higienização espontânea, impedindo que
bactérias se proliferem.
(Foto: Reprodução/ Mashable)
Daniel, que vem trabalhado nesta invenção há décadas, declarou em um
recente encontro na Sociedade Americana de Química que está inovação é
importante e diminui suas preocupações com a aplicabilidade do uso da
“folha artificial” em áreas remotas e em países em desenvolvimento.
“A higienização espontânea permite que a folha artificial funcione em
reservatórios de águas impuras e contaminadas por bactérias no meio
ambiente”, afirmou o bioquímico para o site Mashable. Agora, Nocera
analisa a viabilidade de pastilhas mais baratas e menos eficiente, mas
com o mesmo resultado. E o cientista ainda brincou, “É como oferecer um
fast-food de energia”.
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