A McLaren
aproveita o Salão de Genebra para revelar ao público, e ao seleto e bem
restrito time de eventuais compradores, o terceiro modelo de rua da
marca que nasceu como equipe de Fórmula 1 em 1968. O P1, mais do que um
superesportivo, conta com tecnologia de ponta, que fariam carros mais
normais, como uma Ferrari, parecer atrasado. O novo McLaren vai até a
350 km/h e sai do 0 para os 100 km/h em apenas 3 segundos.
McLaren usou seu conhecimento das pistas para desenvolver o P1 (Foto: Divulgação)
O P1 começa seu baile tecnológico onde mais importa. O sistema de
propulsão do novo McLaren é híbrido. Há um motor convencional a
gasolina, um V8 de 3.8 litros, e um propulsor elétrico. A combinação dos
dois motores garante ao P1 potência de 903 cavalos, número que deixa
para trás até o motor Mercedes da equipe de F1 da McLaren.
O conhecimento técnico da Fórmula 1 foi aproveitado no P1. O sistema
DRS, que reduz o arrasto aerodinâmico do carro em retas, aumentando a
velocidade final do bólido, foi adaptado para o carro de rua. A
diferença é que o DRS do P1 é coordenado automaticamente, embora existam
botões no painel para ativar o sistema manualmente, enquanto o DRS do
McLaren de Fórmula 1 é acionado exclusivamente pelo piloto.
Outra ideia que migrou das pistas para o P1 é o sistema de recuperação
de energia cinética das frenagens do carro. Com um simples toque num
botão no painel, o motorista/piloto pode liberar 176 cavalos de potência
para as rodas do carro. É como se você pudesse adicionar, simplesmente
apertando um botão, a potencia de um carro de passeio médio. Imagine
encarar aquela ladeira assim?
O McLaren P1 é um híbrido, mas com alguns pontos que o diferem dos
carros com esse tipo de propulsão. Enquanto carros de passeio híbridos
buscam o equilíbrio no uso das motorizações a gasolina e a eletricidade,
o P1 se apoia no motor a explosão, deixando o propulsor elétrico para
atingir performance de pista, não para mover o carro em trajetos comuns.
Se desejar rodar apenas com eletricidade, o motorista do P1 terá
autonomia de apenas 10 km/h.
P1 tem sistema de propulsão híbrida extremamente complexo (Foto: Divulgação)
A pouca autonomia com eletricidade se explica por conta das
necessidades de um superesportivo. Como baterias são muito pesadas, a
McLaren teve de espremer algumas delas no carro, de forma a não
comprometer a performance da máquina. Menos bateria, menos autonomia. Se
você ficou interessado no esportivo de dois lugares, grife de Fórmula 1
e muita fibra de carbono, prepare a conta bancária: cada P1 deverá ser
vendido por valores acima dos RS$ 2,5 milhões.
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