O brasileiro está cada vez mais conectado à web enquanto assiste
televisão. De acordo com pesquisa do IBOPE Nielsen Online, 43% dos
usuários brasileiros da web navegam e veem seus programas favoritos ao
mesmo tempo pela TV.
Usuários assistem TV com tablets e smartphones a mão para interagirem pela web (Foto: Reprodução/YouTube)
O estudo foi realizado utilizando dados de milhares de casas em 13
áreas metropolitanas no último mês de fevereiro. A pesquisa mostra que
29% deste público chamado de “dual-screen” (duas telas) costuma publicar
comentários relacionados ao que estão assistindo. Especialmente os mais
novos, entre as idades de 15 e 24 anos. As mulheres, costumam comentar e
interagir mais do que os homens.
Talvez seja por isso que entre as áreas mais visualizadas na televisão
enquanto se navega na Internet as telenovelas estejam em segundo lugar –
mas em primeiro nos comentários. Completam o “pódio” as notícias, os
filmes e as transmissões esportivas. Outro dado interessante é o fato de
que 60% dos entrevistados admitem ter esta prática de acessar a
Internet e ver televisão ao mesmo tempo todos os dias.
No Brasil, 43% dos internautas assistem à TV enquanto navegam (Foto: Reprodução/IBOPE Nielsen Online)
Ou seja, a integração entre computador e televisão no Brasil é enorme. E
se forem considerados dados de outras pesquisas, como a de que o povo,
em média, vê três ou mais horas de TV por dia, estas estatísticas se
tornam ainda mais importantes. O acesso à Internet, tanto 3G como banda
larga, também vêm aumentando, e isso, ao contrário do que muita gente
acreditava, está sendo ótimo para a indústria televisiva.
Afinal, além dos comentários e da repercussão dos programas de
televisão na Internet, os usuários também buscam bastante conteúdo
relacionado aos seus programas favoritos na rede (70%, segundo o IBOPE).
O caminho inverso é ainda melhor: 80% dos internautas costumam procurar
na televisão os programas recomendados pelos amigos na rede.
“Isso mostra que os consumidores não estão abandonando um por causa do
outro”, confirma José Calazans, analista do IBOPE Nielsen.
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