Recentemente, diversos sites de notícias de todo o mundo como BBC, The Guardian, e sites e blogs como Petapixel e PC Mag, mostraram atividades ilegais que ocorrem no Instagram. O aplicativo, que funciona como um álbum, muitas vezes é usado como um portfolio online para anunciar todos os tipos de entorpecentes, armas de fogo e outros itens de venda controlada.
Em comunicado, o Instagram, hoje parte do Facebook, informou ter regras sobre os conteúdos permitidos no aplicativo e deixou claro que a venda de drogas não faz parte delas.
"O Instagram conta com um conjunto de regras claras sobre os conteúdos permitidos. A companhia incentiva os usuários que se deparam com conteúdos ilegais ou impróprios a informar o aplicativo usando a ferramenta built-in, localizada ao lado de cada foto, vídeo ou comentário, para que as medidas necessárias possam ser tomadas", explicou a assessoria de imprensa do Instagram. "O comércio de produtos não é permitido no Instagram, já que o aplicativo é dedicado apenas para o compartilhamento de fotos e vídeos.", completou.
Vendedores driblam bloqueio com tag genérica para vender substâncias ilícitas (Foto: Reprodução/Karla Soares)
O TechTudo testou palavras-chave relacionadas a venda de entorpecentes
em inglês. A busca por termos relacionados à drogas e, quando associados
a sell (vender, em português) e selling, não resultam
em um feed de fotos ou vídeos. Há outras gírias locais que também foram
bloqueadas e, quando usadas, não direcionam a foto ou o vídeo para um
feed comum.A maioria demonstra em seus posts ser cidadão dos Estados Unidos e deixa números de telefone celular em suas descrições para que compradores os adicionem no Whatsapp. As vendas costumam ser concluídas nos aplicativos de mensagem, sem controle do Instagram.
O teste com palavras genéricas feito pelo TechTudo identificou usuários que publicam fotos com ofertas de maconha, metanfetamina, antidepressivos, remédios comercializados apenas sob prescrição médica, cocaína, cogumelos, entre outras substância proibidas em diversos países. Alguns vendedores fazem questão de ressaltar na bio que são oriundos de Silk Road, o mercado negro online conhecido como o eBay das drogas, e agora estão no Instagram.
Comércio legal
Apesar de o Instagram se dizer uma plataforma focada apenas no compartilhamento de fotos e vídeos, o aplicativo é usado como loja virtual há bastante tempo. Há inúmeros usuários que oferecem em seus perfis produtos como roupas, maquiagens e capinhas para smartphones.
Além desse tipo de venda "amadora", o Instagram agora conta com algo mais profissional. Trata-se do Arco, plataforma de vendas online que permite aos seguidores de lojas e marcas a compra dos produtos fotografados apenas comentando a imagem publicada na rede social.
O Arco, porém, conta que tem permissão uma especial para realizar vendas no Instagram.
Hashtags bloqueadas
O site "The Data Pack" criou recentemente uma lista com as hashtags proibidas pelo Instagram. Utilizando a API (Interface de Programação de Aplicativos, em português) do software e uma série de termos populares, a página conseguiu uma relação com as hashtags que usuários não podem usar ao publicar uma foto ou fazer uma pesquisa por imagens.
“Paramos de oferecer feeds para algumas tags que eram muito genéricas e não agregavam valor”, explicou cofundador do Instagram, Mike Krieger, no blog do aplicativo, na ocasião.
Além de termos sobre anorexia, palavrões, palavras obscenas ou de cunho sexual e ofensivas foram bloqueadas. Hashtags sobre documentos de usuários que insistem em publicar conteúdo sensível como carteiras de identificação também foram bloqueadas.
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