A tecnologia invadiu as salas de aula, permitindo a crição de aulas mais dinâmicas (Foto: Reprodução)
Professor da Unigranrio nos cursos de Marketing e Recursos Humanos,
Ricardo Gomes é um dos adeptos destas ferramentas em suas aulas. “A
tecnologia me facilita muito a transformar a aula em algo mais dinâmico.
Sempre que posso, acesso a Internet, uso projetores e dispositivos
móveis, como o iPad, para reforçar conteúdos e cases”, afirmou.Em coro com Ricardo, a estudante do 2º ano do Ensino Médio, Natalia Neves, de 16 anos, afirma que a tecnologia, além de facilitar o aprendizado, estimula a busca por novas informações. “É muito melhor quando a gente pode visualizar as coisas que os professores falam. Porque, quando não dá, fica tudo só na nossa imaginação. Aula de História, por exemplo, é pura imagem. Além de a gente prestar mais atenção no que é possível ver, a aula fica mais divertida e faz com que os alunos queiram pesquisar mais”, disse. A colega de turma, Carolina Barrias, de 16 anos, concorda. “Às vezes, a gente perde muito tempo copiando coisas do quadro que poderíamos aprender de forma mais fácil com filmes, imagens e apresentações de slides”.
E elas não são as únicas a afirmarem isso. De acordo com o também aluno do 2º ano do Ensino Médio, Leonardo Gimenez, de 16 anos, somente o quadro-negro e o giz já não são suficientes para suprir a necessidade de informação dinâmica exigida pela era digital. “A aula depende muito do professor. Mas quando, além de um bom professor, existem recursos que chamam a atenção dos alunos, o tempo de aula passa muito rápido”, disse.
Para Julia Lima, de 15 anos, ter um computador para cada um em sala de aula seria excelente. “É mais dinâmico, além de facilitar a troca de material, como os slides da aula”. Já as estudantes Sophia Lima, de 17 anos, e Mila Ingrid, de 18 anos, acreditam que o acesso à Internet em sala já muda – e muito – o desenrolar das aulas. “Existem vários filmes e vídeos do YouTube que podem dar exemplos de assuntos trabalhados na sala. E para isso, só é necessário acesso à Internet”, falou Sophia. Mila completou. “Hoje em dia, eu estudo muito mais pela Internet do que por livros. Posso fazer download de programas, aplicativos. Me atrai muito mais”.
Estudantes apoiam o uso de ferramentas
tecnológicas em sala de aula (Foto: Reprodução)
Mas a relação estabelecida entre a tecnologia e a educação esbarra
ainda em um conceito destinado à geração atual: o de Nativos Digitais. A
nomenclatura é destinada aqueles que já nasceram conectados à Internet e
dominam esses recursos tecnológicos com extrema facilidade. Segundo a
professora de Psicologia Organizacional da Faculdade de Reabilitação da
ASCE, Solange dos Santos, essa ideia de que os alunos conhecem mais
sobre os novos recursos do que os professores pode assustar alguns
profissionais na hora de trabalhar com essas ferramentas.tecnológicas em sala de aula (Foto: Reprodução)
“O professor era o detentor do saber. Hoje em dia, isso está sendo modificado e se tornando uma troca de conhecimentos. Apesar de sabermos que isso assusta alguns profissionais, o fato é que não pode acontecer. O aluno até pode dominar as ferramentas e acessar o conteúdo via Internet, mas o professor ainda tem a didática e a bagagem de informações aliadas à experiência profissional”, afirmou.
Ricardo também concorda com a colega de profissão. “A Internet e a tecnologia são ferramentas, mas não constituem a estrutura do aprendizado como um todo. O aprendizado em sala de aula depende muito mais da didática e da relação do professor com os alunos”, disse.
Quanto às dificuldades relacionadas à distração que esses recursos podem causar nos alunos, ele é taxativo. “A tecnologia só vai atrapalhar quem não souber fazer bom uso dela. O professor tem a responsabilidade de mostrar ao aluno que essas ferramentas podem ser fundamentais para que ele aprenda coisas interessantes”.
Engana-se quem pensa que os alunos não concordam com essa visão. “Eu e meus amigos montamos grupos no Facebook para debater o que é dito em sala de aula, discutir trabalhos, tirar dúvidas e montar apresentações. Internet não é só besteira. É algo importante”, finalizou Lorrayne Ribeiro, de 17 anos.
Dicas de sites e serviços para a sala de aula
O TechTudo montou um guia de serviços que podem auxiliar ainda mais o aprendizado dinâmico nas salas de aulas. Confira abaixo:
- YouTube: Visitado por bilhões de usuários no mundo todo, o site reúne vídeos sobre os mais variados assuntos. Além disso, neste mês, o Google divulgou que existem mais de mil canais educativos na página.
- Udutu: Editor e publicador de cursos online, o site permite criar e organizar uma sequência de aulas, sem a necessidade de grandes conhecimentos sobre programação. Além disso, todo o arquivo gerado pela página pode ser salvo em um CD.
- JClic: A página é uma mão na roda para a produção de atividades interativas. Por meio dela, os professores podem desenvolver materiais de estudo, quebra-cabeças, palavras cruzadas e até testes e provas, tudo isso por um conjunto de ferramentas em Java.
- Flash Page Flip: O site, que funciona em inglês, permite a criação de revistas digitais, com textos, fotos e até sons.
- Toondoo: Com comandos em inglês, o software explora o aprendizado da língua por meio da criação de histórias em quadrinhos feitas pelos próprios alunos.
- Geogebra: O objetivo desta ferramenta é facilitar e aproximar os alunos da matemática. Por isso, o site reúne recursos de álgebra, geometria, gráficos e tabelas.
- Stellarium: Um planetário na tela do computador. O programa permite mostrar planetas e constelações em 3D. O software pode ser visualizado nos sistemas operacionais Windows, Mac e Linux.
- Pense +: Com aplicativo, desenvolvido para Android, o professor pode trabalhar mais de 350 questões dos simulados do Ensino Nacional do Ensino Médio (ENEM) dos anos de 2009 e 2010.
- Músculos Anatomia: Com este aplicativo, gratuito para Android, é possível acessar imagens e descrições detalhadas sobre toda a anatomia humana.
- Google Maps: Mapa virtual do Google repleto de interatividade, o Maps permite a navegação por escalas dos mais variados lugares do mundo.
- Google Art Project: Também desenvolvida pelo Google, a ferramenta permite que o professor crie uma visita virtual aos principais museus do mundo e tenha acesso às obras de arte consagradas.
- Tríade: Boa plataforma para professores de História ensinarem sobre a Revolução Francesa. O jogo, produzido no Brasil, e de download gratuito, faz uma viagem ilustrada ao século XVII, com gráficos em 3D, e permite o aluno se aventurar pela história da revolução.
- Voicethread: O site tem como sua principal funcionalidade auxiliar a prática do inglês e do espanhol. Para desfrutar da ferramenta, basta ter um microfone e se cadastrar. Na página é possível gravar áudio com a voz do aluno e associar a gravação a uma imagem de preferência do mesmo.
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