quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Michigan testa solução para o trânsito que deixa carros mais inteligentes

Começou nessa terça (21), em Michigan, a segunda fase do estudo que pretende revolucionar o mundo da direção, realizado em parceria entre o Instituto de Pesquisas em Transporte da Universidade de Michigan (UMTRI, sigla em inglês) e o Departamento de Transporte dos Estados Unidos. O projeto tem o objetivo de usar a comunicação sem fio, tal como a usada atualmente em dispositivos móveis, para captura e troca de informações entre os veículos, diminuindo assim os problemas com engarrafamentos e acidentes rodoviários.
 Veículos trocarão dados como posição e velocidade (Foto: Reprodução/ Departamento de Trânsito dos Estados Unidos) Veículos trocarão dados como posição e velocidade (Foto: Reprodução/ Departamento de Trânsito dos Estados Unidos)
O experimento envolve 2.836 veículos, incluindo carros, ônibus e caminhões. Durante um ano, essa frota contará com dispositivos que realizarão a transmissão de informações como velocidade, posição, veículos próximos, aceleração, freios, entre várias outras. Assim, o motorista poderá ter acesso em tempo real às condições do tráfego a sua volta, escolhendo rotas de fuga e diminuindo o uso da marcha lenta, por exemplo.

A transmissão dos dados é feita em alta velocidade com uma baixa latência, a uma frequência de 5,9 gigahertz, através do sistema Dedicated Short Range Communications (DSRC). O nome, ao como destinado à comunicação de curto alcance, se dá em função de o sistema cobrir um diâmetro de 300 metros.
A Universidade de Michigan ganhou contrato de US$ 14,9 milhões, equivalente a R$ 30 milhões, para participar do projeto, que teve início há um ano. Outras instituições a lucrar com o estudo são as montadoras de automóveis. Oito delas, incluindo General Motors e Ford, já forneceram ao projeto 64 veículos com sistemas de segurança integrados. O interesse da indústria automobilística é o acesso às informações resultantes do experimento para desenvolvimento de veículos mais seguros e ecologicamente sustentáveis, as grandes exigências do mercado atual.
A estimativa é que a quantidade de dados obtidos seja equivalente a uma pilha de DVDs de aproximadamente 41km. Como se não fosse suficiente, outras seis cidades nos Estados Unidos estão servindo de sede para realização de testes similares em “clínicas de motoristas”, onde são avaliadas as reações de pilotos de carros em situações controladas – para motoristas de caminhão ainda serão construídos locais como estes.
Os relatórios finais serão usados pelo Departamento de Transporte americano e pelo National Highway Traffic Safety Administration para, entre outras providências, tomar medidas que diminuam o número de mortes das estradas. De acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, os acidentes são responsáveis por cerca de 32 mil vítimas fatais entre 4 e 35 anos por ano.

Nenhum comentário:

Postar um comentário